Heron Guimarães
O Tempo
Mais uma decisão impopular anunciada sexta-feira pela equipe econômica de Dilma Rousseff aumenta o nervosismo nos setores produtivos e deixa o sentimento sobre o futuro do Brasil, que está ruim, ainda pior. O país parece viver um retrocesso à la décadas de 80 e 90, com inflação em ascendência e o desemprego já assustando patrões e empregados.
O setor produtivo está sendo achacado neste início de 2015, e os poucos benefícios que receberam em um passado recente, como garantia para a manutenção de postos de trabalho, estão indo para os ares.
Em algumas atividades, as desonerações causarão, a partir de 1º de junho, um aumento de impostos na folha de pagamento na ordem de 150%. Com isso, a taxa de desemprego, um dos poucos indicadores que ainda favoreciam o governo, sinaliza para dias assombrosos.
O fim do incentivo ocorre daqui a três meses, conforme a medida provisória da presidente, mas os impactos psicológicos da ação já eram perceptíveis ontem mesmo, poucas horas após a confirmação do fim das desonerações.
57 SETORES ATINGIDOS
O alívio durou pouco, principalmente para alguns setores que carregam uma carga menor na folha de pagamento há pouco mais de um ano. As empresas jornalísticas, que passaram a contar com o “benefício” somente em janeiro do ano passado, terão novamente o imposto alçado de 1% para 2,5% do faturamento. É só um exemplo. Outros 56 setores serão bruscamente afetados.
Diante de uma indústria que produz cada vez menos e de consumidores cismados com a crise que começa a mostrar sua face mais feia, a arrecadação do governo despencou no primeiro mês do ano.
Já era de se esperar. Porém o remédio, quando em doses cavalares, tende a matar o doente em vez de recuperá-lo. O ceticismo de Joaquim Levy, que chama a desoneração de “brincadeira” e apresenta como solução para a crise apenas o estrangulamento das empresas e do contribuinte, pode ser o caminho correto para alguns, porém, pelo andar da carruagem, causará traumas insuperáveis. O governo, em breve, não terá mais o pouco do controle das rédeas que ainda lhe resta.
SINAL VERMELHO
Essa economia decadente massacrada pela corrupção e a impunidade, muito mais do que enfraquecer politicamente Dilma Rousseff, já foi capaz de mudar a cor do semáforo. Não estamos mais diante de um estado de alerta. O sinal amarelo deu lugar ao vermelho de consequências imprevisíveis.
Pior ainda é saber que, enquanto somos penalizados com o aumento de impostos, preços mais altos e inúmeras restrições, as casas executivas, legislativas e judiciárias vivem em um universo paralelo, recheado de mamatas e desperdícios. Isso, sim, parece “brincadeira”!
O Tempo
Mais uma decisão impopular anunciada sexta-feira pela equipe econômica de Dilma Rousseff aumenta o nervosismo nos setores produtivos e deixa o sentimento sobre o futuro do Brasil, que está ruim, ainda pior. O país parece viver um retrocesso à la décadas de 80 e 90, com inflação em ascendência e o desemprego já assustando patrões e empregados.
O setor produtivo está sendo achacado neste início de 2015, e os poucos benefícios que receberam em um passado recente, como garantia para a manutenção de postos de trabalho, estão indo para os ares.
Em algumas atividades, as desonerações causarão, a partir de 1º de junho, um aumento de impostos na folha de pagamento na ordem de 150%. Com isso, a taxa de desemprego, um dos poucos indicadores que ainda favoreciam o governo, sinaliza para dias assombrosos.
O fim do incentivo ocorre daqui a três meses, conforme a medida provisória da presidente, mas os impactos psicológicos da ação já eram perceptíveis ontem mesmo, poucas horas após a confirmação do fim das desonerações.
57 SETORES ATINGIDOS
O alívio durou pouco, principalmente para alguns setores que carregam uma carga menor na folha de pagamento há pouco mais de um ano. As empresas jornalísticas, que passaram a contar com o “benefício” somente em janeiro do ano passado, terão novamente o imposto alçado de 1% para 2,5% do faturamento. É só um exemplo. Outros 56 setores serão bruscamente afetados.
Diante de uma indústria que produz cada vez menos e de consumidores cismados com a crise que começa a mostrar sua face mais feia, a arrecadação do governo despencou no primeiro mês do ano.
Já era de se esperar. Porém o remédio, quando em doses cavalares, tende a matar o doente em vez de recuperá-lo. O ceticismo de Joaquim Levy, que chama a desoneração de “brincadeira” e apresenta como solução para a crise apenas o estrangulamento das empresas e do contribuinte, pode ser o caminho correto para alguns, porém, pelo andar da carruagem, causará traumas insuperáveis. O governo, em breve, não terá mais o pouco do controle das rédeas que ainda lhe resta.
SINAL VERMELHO
Essa economia decadente massacrada pela corrupção e a impunidade, muito mais do que enfraquecer politicamente Dilma Rousseff, já foi capaz de mudar a cor do semáforo. Não estamos mais diante de um estado de alerta. O sinal amarelo deu lugar ao vermelho de consequências imprevisíveis.
Pior ainda é saber que, enquanto somos penalizados com o aumento de impostos, preços mais altos e inúmeras restrições, as casas executivas, legislativas e judiciárias vivem em um universo paralelo, recheado de mamatas e desperdícios. Isso, sim, parece “brincadeira”!
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