MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Moto, uma paixão perigosa


Sara Lira - Hoje em Dia


Marcelo Prates/Hoje em Dia
Moto, uma paixão perigosa
Motociclista há 15 anos, Cristiano Ferreira ganhou três parafusos na perna depois de um acidente

Andar sobre duas rodas é paixão de risco. Ainda mais em Minas Gerais, onde a taxa de óbitos em acidentes com moto pulou de 14,3 para 23,2 a cada grupo de 100 mil habitantes. Uma variação de 61,7%, a maior do Sudeste.
 
A estatística está na edição 2013 do Mapa da Violência elaborado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e considerou os registros de acidentes de 2001 a 2011.
 
Somente no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, que recebe pacientes de toda a Grande BH, de janeiro até a primeira quinzena de junho deste ano, 3.726 motociclistas foram atendidos como vítimas de acidentes com moto. Em média, quase 23 atendimentos diários.
 
Os números não deixam dúvida: no Dia do Motociclista, comemorado hoje, vale frisar que seguir à risca as regras de segurança é mais do que cumprir o que está previsto no Código de Trânsito Brasileiro. É questão de vida ou morte.
 
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas e Ciclistas de MG (Sindimoto-MG), Rogério Santos, boa parte dos acidentes acontecem em cruzamentos ou paradas obrigatórias. Motivo? Excesso de velocidade. “No trânsito, você tem de estar sempre alerta, usando a visão, a audição e a experiência do dia a dia”, ensina.
 
Prejuízos
 
Uma simples queda de moto pode provocar ferimentos graves, com prejuízos para a saúde ou o bolso. O motoboy Cristiano Ferreira, de 40 anos, sabe bem o que é isso. Ele usa moto há 15 anos. Em 2007, num acidente, quebrou o tornozelo. Hoje, tem três parafusos no pé. “Um carro estava parado em fila dupla e, ao fazer a curva, não tive tempo de parar”, contou. “Eu teria que ficar seis meses em recuperação, mas fiquei só três porque precisava voltar a trabalhar. Sem contar que eu sentia falta de andar de moto”. Mesmo ciente do risco, parar de pilotar, nem pensar. A paixão pela moto “está no sangue”, diz ele.

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