Recordar não
é ofensa: Dilma se revelou tão bravateira quanto seu criador, o
tiranete Lula, ao prometer espalhar aeroportos pelo país. Até hoje, não
conseguiu nem sequer reformar os das capitais. Nenhum jornalista vai
incomodá-la com essa lembrança:
A
presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta quarta-feira (12) a
empresários, em Paris, na França, que o governo vai "interiorizar" o
transporte aeroviário e que pretende criar mais de 800 aeroportos
regionais no país.
Dilma
conversou com empresários franceses após participar do seminário
empresarial "Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica".
"Os
números no Brasil, às vezes, são grandes. Nós pretendemos fazer em torno
de uns 800 para mais aeroportos regionais", declarou a presidente.
Segundo a
presidente, o objetivo do governo com o plano é fazer com que cidades
com cerca de 100 mil habitantes tenham aeroportos "em torno de 50, no
máximo 60 km de distância" e que localidades turísticas tenham aeroporto
"não próximo, junto".
Segundo
ela, a meta é o "fortalecimento de uma aviação regional" no país. "Nós
precisamos de médias empresas aeroviárias no Brasil", ressaltou.
O
incremento da quantidade de aeroportos regionais fará parte da próxima
etapa do programa de concessões do governo, que já resultou em
licitações para exploração pela iniciativa privada dos aeroportos de
Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e de Brasília. Essa nova etapa
incluirá concessões de aeroportos regionais e de outros grandes
terminais aeroportuários.
saiba mais
Segundo a
presidente, o modelo de licitação dos grandes aeroportos obedecerá o
mesmo princípio adotado em relação aos três aeroportos já licitados -
51% do controle acionário para a empresa vencedora da licitação e 49%
para a estatal Infraero.
"Uma das
questões que vai diferenciar essas licitações novas nos grandes
aeroportos das passadas é que teremos uma exigência maior de capacitação
dos investidores em aeroportos. Nós trabalharemos com um número mais
elevado de passageiros por mês ou por ano - como o senhor queira - do
que trabalhamos no momento anterior", afirmou, ao responder à indagação
de um empresário.
Dilma
afirmou à plateia de empresários franceses que o Brasil vive atualmente
um "ambiente favorável ao investimento". Segundo ela, o governo está
atuando para desburocratizar procedimentos e oferecendo melhores
condições de financiamento para novos projetos.
A
presidente deu como exemplos a criação do RDC (regime diferenciado de
contratações), destinado a dar mais celeridade às contratações de obras e
serviços, e um "controle ambiental mais transparente e mais ágil".
'Olhares arrogantes'
Antes da
conversa com os empresários franceses, Dilma afirmou, durante seu
discurso no seminário, que o Brasil já foi "objeto de olhares extremamente arrogantes" e que agora vive uma "extraordinária aventura".
“Passamos
(países da América Latina) por um grave ajuste fiscal durante duas
décadas. Sabemos que o corte (de gastos) radical compromete o futuro de
nossa gente. Aqui (na Europa) o corte tem afetado os pilares do estado
social. Isso tem afetado igualmente uma das maiores obras do mundo, que
foi a criação da União Européia e da Zona do Euro”, discursou a
presidente, durante a abertura do Fórum pelo Progresso Social, evento
organizado pelo Instituto Lula e pela fundação francesa Jean Jaurès, em
Paris. (G1).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário