MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Veículos clandestinos e motos são a opção durante a greve dos rodoviários


por
Amanda Sant?ana
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reginaldo Ipê
O sistema de transporte alternativo ajuda a reduzir o transtorno
O sistema de transporte alternativo ajuda a reduzir o transtorno
Com o início da greve dos rodoviários e a falta de transporte público na cidade, milhares de baianos enfrentaram diversas dificuldades para se locomover. Muitos usaram da “velha caminhada” para chegar ao destino, já que os transportes alternativos abusaram no valor da tarifa.
E quem optou pelo transporte coletivo pôde escolher pelas vans clandestinas, escolares, carros particulares, Kombis ou mototáxis que disputavam as corridas. No destino, todos os bairros eram atendidos, o problema estava no valor da tarifa que variava de R$ 2,80 à R$ 60.
Quem se arriscou a sair de casa, teve de enfrentar pontos de ônibus lotados na espera por uma vaga nas conduções - sempre superlotadas - ou usar da paciência para pagar uma tarifa mais acessível, já que os preços cobrados pela passagem inflacionaram: “Estou aqui há mais de 1h aguardando uma condução para a Suburbana.
Os mototaxistas estão cobrando R$ 20, quando o normal seria R$5. Esse preço exorbitante não cabe no nosso bolso, afinal pagamos R$ 2,80 por um coletivo normal e por conta da greve acabamos reféns da situação”, analisou a auxiliar de serviços gerais, Rosane Oliveira.
Para a enfermeira, Andaíra Nascimento, que saía do plantão e foi surpreendida com a greve, reivindicar é direito de todo trabalhador, mas, é preciso se fazer de uma forma onde a população não saia prejudicada: “Vans têm demais nas ruas, o que não tem é preço, nos deixando revoltados com a espera, perdidos e transtornados com toda essa confusão, à mercê de violência e vandalismo. Não podemos financiar o preço abusivo nem mesmo pagar por um movimento mal organizado”, explanou.
Segundo o grupo de mototaxistas da frota “Guerreiros da Fé”, localizada no Retiro, em período de greve é necessário aumentar a tarifa por conta da distância e transtornos no trânsito: “Não dobramos o valor, mais precisamos aumentar devido aos engarrafamentos e estresse que pegamos quando não tem ônibus, o que dobra a atenção e segurança do passageiro. Além disso, são centenas de passageiros que circulam por toda a cidade e não dá para cobrar um preço pequeno para quem vai tão longe. Se precisar cobramos R$ 3 e se precisar também cobramos o valor de uma corrida de táxi para o passageiro que vai para Vilas do Atlântico, por exemplo. Em período de greve não existe tarifa fixa e sim a necessidade de ir ao local desejado”, explicou.
Já o motorista que atuava em uma Kombi clandestina, Carlos Antônio, que aproveitou a greve para ganhar um dinheiro extra, garante que enquanto houver a greve o preço a ser cobrado será o normal, R$ 2,80: “Já faço essas corridas em Periperi e aproveitei para migrar pela cidade hoje. O importante é encher o meu carro e ganhar um dinheiro a mais, ajudando a população a voltar pra casa com o preço menor”, contou.
Apesar da circulação das vans clandestinas e mototáxis, uma frota de 300 micro-ônibus complementar foi relocada para avenidas de grande circulação da cidade, organizada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut).
De acordo com o secretário de transportes, Fábio Mota, a frota foi liberada na tentativa de atenuar  os efeitos da greve dos rodoviários: “Liberamos o sistema para que possam atuar nas áreas de grande fluxo de Salvador e atender a necessidade da população enquanto a greve permanece”, disse o secretário.

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