Maíra Azevedo
"A gente aqui não vai aumentar nada. Vamos vender as cervejas entre R$ 5 e R$ 6. Teve gente que juntou dinheiro o ano todo para comprar o ingresso e ainda vai ter que pagar caro para comer e beber lá dentro. Vou fazer tira-gosto, feijoada, moqueca, tudo por um preço em conta, o pessoal vai gostar", aposta Creuzira Souza, 39, a Creu, dona do Bar do Dique.
A experiência com a Copa dos Confederações, realizada ano passado, deixou Antônio Jorge, 48, sem grandes expectativas. "Do jeito que as coisas estão é capaz de proibirem nosso funcionamento, para que o torcedor não tenha opção, a não ser comprar lá dentro. Em dia de Ba-Vi é muito melhor pra gente que tem bar aqui", desabafou o comerciante.
Já Creuzira segue esperançosa. Até criou alguns pratos especialmente para o mundial. "A gente tem que apostar, né? Porque aqui o tira-gosto é muito mais barato. Criei a Moqueca com pirão de macaxeira, e eu sinto que vai ser sucesso. A porção para quatro pessoas é R$ 60, cada um paga R$ 15 e vai pra casa de barriga cheia, melhor que um cachorro quente de R$ 10", finaliza.
Criatividade é alma do negócio
Além de manter os preços mais em conta do que os valores cobrados dentro do estádio, Creuzira Souza resolveu apostar na criatividade para atrair clientes. Montou um cardápio especial para a Copa e tudo indica que será o "Hulk", o carro chefe do seu estabelecimento. Um prato composto por tiras de filé de carne, frango, calabresa, farofa, salada e tropeiro foi montado em homenagem ao jogador da Seleção. "Até cinco pessoas comem bem e será R$ 45. Dividido fica R$ 9 pra cada". Outra opção é comer a pipoca da Fifa por R$ 10.
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