MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

'Não há estrutura para operar', diz médico sobre morte de bebê no AP


Declaração foi em referência à morte de Maria Helena, de 4 meses de vida.
Criança estava aguardava por transferência para ser operada.

Dyepeson Martins Do G1 AP
Cirurgião cardíaco Marcos Santos, durante entrevista coletiva (Foto: Dyepeson Martins/G1)Cirurgião cardíaco Marcos Santos, durante
entrevista coletiva (Foto: Dyepeson Martins/G1)
O cirurgião cardíaco Marcos Santos disse nesta segunda-feira (26), que o Estado não tem infraestrutura para realizar cirurgias cardíacas em crianças. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva concedida na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O médico foi um dos responsáveis pelo atendimento à Maria Helena, que morreu aos 4 meses de vida, no sábado (24), após complicações causadas por uma cardiopatia congênita. A bebê estava internada no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) havia 27 dias. Ela aguardava por tranferência para uma operação urgente de drenagem nas veias pulmonares.
“O Estado não está preparado fisicamente para receber as crianças cardiopatas, mas estamos tentando implantar o projeto [de cirurgias]. Não há estrutura para operar, é um problema em todo o Brasil. Estamos enfrentando um congestionamento de crianças para fazer a cirurgia do coração e o Amapá, que ainda não tem esse tratamento de alta complexidade, enfrenta esse problema”, reforçou o cirurgião.
Evandro Oliveira e Valda Patrícia com faixas em frente ao palácio do governo do Amapá (Foto: John Pacheco/G1)Pais da menina protestaram na frente da sede do
governo (Foto: John Pacheco/G1)
Na manhã desta segunda-feira, os pais de Maria Helena protestaram na frente do Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá. Segundo eles, ocorreu ‘lentidão’ no encaminhamento da menina para receber tratamento em um hospital fora do estado. Segundo o médico Marcos Santos, Maria Helena foi classificada como “prioridade zero” na lista de espera por transferência.
A diretora do Pronto Atendimento Infantil (PAI), Joelma Silva, disse que a menina foi incluída no Cadastro Nacional de Leitos no momento em que deu entrada no hospital. Joelma acrescentou que a criança apresentava estado grave de saúde desde a internação. Segundo ela, o médico "equivocou-se" ao dizer que Maria Helena era "prioridade zero" na lista de transferência.
Joelma Silva, diretora do Pronto Atendimento Infantil (PAI) de Macapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)Joelma Silva, diretora do Pronto Atendimento
Infantil (PAI)  (Foto: Dyepeson Martins/G1)
“Todos os esforços que estavam à nossa disposição foram feitos, até contatos foram realizados com vários hospitais do Brasil, mas não havia leito disponível em Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. ‘Prioridade zero’ na verdade significa que o leito que estivesse vago seria da criança”, afirmou a diretora.
Tanto o médico cirurgião quanto a diretora do PAI afirmaram que a burocracia para realizar a transferência de Maria Helena é lenta e que não havia a possibilidade de agilizar o processo.

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