MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 10 de novembro de 2013

Exposição de chapéus de Guerreiro tenta resgatar folclore em Maceió


Grupo 'Treme Terra' está há oito meses sem fazer apresentações.
Dinheiro das vendas de chapéus e produtos será revertido ao grupo.

Michelle Farias Do G1 AL

Na tentativa de trazer de volta aos palcos alagoanos o grupo “Treme Terra”, uma exposição relizada em Maceió põe à venda chapéus de Guerreiro confeccionados pelo Mestre Benon, patrimônio imaterial do Estado. O objetivo é que o valor arrecadado com as vendas seja revertido para o grupo e também para o próprio mestre, que já está com a saúde debilitada. O grupo, que é um dos mais famosos e consagrados do estado, está há oito meses sem realizar apresentações.
Mesmo debilitado, mestre Benon fez questão de comparecer à exposição (Foto: Michelle Farias/G1)Mesmo debilitado, Mestre Benon fez questão de comparecer à exposição (Foto: Michelle Farias/G1)
A idealizadora do projeto, Evânia Solon diz que ficou sensibilizada com a história do grupo e do mestre e resolveu fazer a exposição. “Percebo que a cultura popular está caindo no esquecimento e me sinto na obrigação de ajudar. Nós pegamos os chapéus que ele [Mestre Benon] confecciona para que as vendas sejam revertidas para ele e para o grupo”, afirma.
Mesmo debilitado, o líder do “Treme Terra” fez questão de comparecer. “Fiquei esse tempo todo doente e não tinha ninguém que pudesse levar a diante meu grupo. É muito triste porque estou vendo o folguedo morrendo e eu não posso fazer nada”, lamenta o mestre Benon.
Vários chapéus de guerreiro estão na exposição (Foto: Michelle Farias/G1)Vários chapéus de Guerreiro estão na exposição. (Foto: Michelle Farias/G1)
O grupo “Treme Terra” suspendeu há oito meses suas atividades devido às condições de saúde de Mestre Benon e, desde então, o líder do grupo confecciona chapéus de guerreiro de várias formas e tamanhos para fomentar sua renda. Na exposição, há chapéus, camisas e o livro infantil “Um vestido para Lia”, que conta a história do Mestre Benon. As peças vão de R$ 20 a R$ 200.
A rainha do grupo e esposa do Mestre Benon, Edleusa de Almeida diz que o esposo foi reconhecido Patrimônio Imaterial de Alagoas, porém, o recurso que é repassado pelo Estado está atrasado. “Isso piora a nossa situação porque dependemos disso para sobreviver e manter o grupo”, afirma.
Além dos chepéus, há camisas e o livro infantil 'Um Vestido para Lia' à venda na exposição (Foto: Michelle Farias/G1)Além dos chapéus, estão à venda camisas e um livro infantil (Foto: Michelle Farias/G1)
À reportagem do G1 a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) disse que o governo está demorando a repassar os valores, mas que não sabe se esse é o motivo do atraso no pagamento. A certeza sobre o motivo da demora no repasse só poderia ser dada na segunda-feira (11).

A exposição acontece na Ao Pharmacêutico, na Avenida João Davino, no bairro da Mangabeiras. O evento vai até o dia 16 de novembro das 8h às 19h.

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