Cavalos têm cuidados especiais e até férias em centro de treinamento do RS

Guto Freire tem Centro de Treinamento em Santo Antônio da Patrulha.
Pelo menos 90% dos animais treinados competirão no Freio de Ouro.

Luiza Carneiro Do G1 RS

Guto Freire é vencedor das últimas duas edições do Freio de Ouro (Foto: Arquivo Pessoal)

Para que nada dê errado no dia da final do Freio de Ouro, tradicional prova do cavalo crioulo que tem sua final realizada na Expointer, alguns animais são deixados em centros de treinamentos. As competições começaram na quinta-feira (22) e vão até domingo (25) na feira de agronegócios que ocorre em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O ginete Guto Freire, vencedor das duas últimas edições, é um dos responsáveis por preparar os “atletas”.
Em sua fazenda em Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte, Guto cuida dos bichos que irão para as provas. “É um trabalho de segunda a segunda”, contou sobre os cuidados ao G1.

Pelo menos 90% dos animais do centro de
treinamento do Guto são para a Prova do Freio
(Foto: Arquivo Pessoal)

Pela manhã, por volta de 5h, o ginete alimenta os animais. Perto das 7h, eles são tirados das coxeiras para que comecem os trabalhos. Os cavalos crioulos treinam o condicionamento físico e técnico, têm tempo de descanso e para o banho e mantêm a alimentação regulada.
“Eles têm até época de férias. A prova do Freio é muito completa, são três dias seguidos e precisa preparo”, explica Freire, que montará neste ano em 10 cavalos.
Além do próprio Freio de Ouro, alguns animais participam também do Brinco de Ouro (feminino), Campereada, Paleteada, Crioulaço e Movimiento a la Rienda.
“Apesar disso, 90% dos cavalos que temos aqui são para o Freio”, orgulha-se Guto. A raça é responsável por movimentar cerca de R$ 1,2 bilhões anualmente, conforme estimativa da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC).