Elas são minoria, mas cumprem a função com charme e determinação.
Mesmo enfrentando preconceitos, mulheres mantêm a determinação.
Mais do que nunca agora é que são elas. Cada vez mais
independentes, as mulheres avançam no mercado de trabalho e ocupam a
cada dia funções e cargos que até pouco tempo só tinham a participação
dos homens. Em algumas funções, elas ainda são minorias, mas já fazem a
diferença na atual formação social. São algumas histórias dessas
mulheres, que enfrentaram preconceitos para se inserirem no mercado de
trabalho que a reportagem do G1 relata no Dia Internacional da Mulher.
O trabalho surgiu por acaso, depois que ela ganhou de presente um curso técnico. Na sala de aula, Mary era a única mulher de cerca de 20 alunos. Depois do curso, a eletricista não parou mais de trabalhar. Ela passou por grandes oficinas e, há dois anos, recebeu um convite para ser a responsável pela instalação de som automotivo dos veículos em uma concessionária de Maceió.
“Conheci mulheres que fizeram o curso em outras turmas, mas não conseguiram se adaptar ao ambiente das oficinas e desistiram. Nunca vi problema em sujar as mãos de graxa, gosto do que faço e sou respeitada pelos colegas de trabalho. Acredito que o desafio de estar em uma profissão onde a maioria são homens faz com que eu me dedique e especialize cada vez mais”, ressaltou a eletricista, que diz não deixar a vaidade de lado no dia a dia de trabalho.
Ela conta que, no começo da carreira, sentiu um pouco de preconceito por parte de clientes, mas que com o tempo conseguiu conquistar a confiança deles. “Até hoje alguns clientes perguntam se eu sei fazer o serviço. Outros chegam e se surpreendem quando me veem. Sempre no fim do trabalho os clientes elogiam e até voltam para outro serviço. Neste ramo, a mulher trabalha com mais cuidado e capricho”, expôs.
Se a necessidade faz ocasião, a taxista Ana Cristina Gonçalves soube aproveitar muito bem a dela há nove anos. Mãe de três filhos, a dona de casa se viu desesperada quando seu marido e única fonte de renda da família sofreu um Acidente Vascular Cerebral. “A única coisa que eu sabia fazer era dirigir, então peguei o carro e comecei a fazer lotação particular para sustentar minha família, quando vi que o negócio dava lucro resolvi virar taxista”, afirmou.
Mas segundo Ana Cristina, entre clichês como “mulher no volante, perigo constante” até o respeito que ela adquiriu no mercado atual o caminho foi longo.
“Os donos dos taxis não confiavam em mim para pegar o carro deles e pagar a diária. Já aconteceu caso de passageiros desistirem da corrida quando viam que se tratava de uma taxista, mas isso nunca me atingiu. Hoje sou respeitada e quando preciso de um carro, vários colegas se oferecem”, contou ela, que já está há quase 10 anos no ramo.
Única taxista na empresa em que trabalha na capital alagoana, ela afirma que conhece outras colegas de profissão, mas o mercado ainda é predominantemente masculino. “Acho que as mulheres deveriam pensar mais nessa área. Mulher dirige tão bem quanto o homem. Eu mesma nunca bati nesses anos todos. Me apaixonei pela profissão e pretendo levar até quando puder”, afirmou.
Vaidosa, Ana Cristina não perde o estilo enquanto está dirigindo pela cidade. O batom e o brinco não podem faltar. “Eu gosto de me arrumar. Imagem hoje em dia é tudo”, contou. “Certa vez apanhei um passageiro e no meio da corrida ele tentou me beijar, acredita? Eu tomei um susto, achei que seria um assalto, mas quando ele disse que se tratava de um beijo fiquei nervosa. Não é assim que se faz, né?”, brincou.
Brígida Cirilo Ferreira, de 23 anos, é o tipo de mulher que faz tudo ao mesmo tempo. Apesar da pouca idade, ela cuida da casa, do filho, tem três empregos e ainda tem um tempinho para namorar. Uma das poucas mulheres que trabalha como Bandeirinha em partida de futebol em Alagoas, ela conta que adora o perfil da mulher moderna que tem que se sustentar sozinha.
A rotina de Brígida é bem corrida. Ela acorda 5 horas da manhã para dar aula de ginástica em um condomínio fechado, segue para o segundo trabalho e no final da tarde treina arbitragem, já que nos finais de semana atua como Bandeirinha assistente no futebol de campo.
“Tenho que conciliar tudo. Na hora do almoço e a noite aproveito o tempo com o meu filho de três anos. E mesmo com a correria diária ainda arrumo tempo para namorar", revela.
Mesmo com tantas coisa pra fazer e ainda por cima no tempo certo, a mãezona conta que não sente dificuldades para lidar com os compromissos do dia a dia. “Estou acostumada com a rotina pesada. Não sei ser o tipo de mulher que só fica em casa cuidando dos filhos e do lar. Eu gosto mesmo é de ser independente e resolver as minhas coisas por conta própria. Acho que esse é o perfil da mulher moderna”, define.
Única mulher na oficina, a eletricista de automóveis Mary instala som em veículo (Foto: Carolina Sanches/ G1)
Trabalhar em um mercado que geralmente é dominado por homens nunca foi
uma dificuldade para a eletricista de automóvel Maria das Graças Soares,
mais conhecida por “Mary”. Há sete anos, ela passa parte do dia em
oficinas mecânicas e aos poucos tem superado o preconceito e conquistado
um lugar de destaque entre os profissionais do ramo.O trabalho surgiu por acaso, depois que ela ganhou de presente um curso técnico. Na sala de aula, Mary era a única mulher de cerca de 20 alunos. Depois do curso, a eletricista não parou mais de trabalhar. Ela passou por grandes oficinas e, há dois anos, recebeu um convite para ser a responsável pela instalação de som automotivo dos veículos em uma concessionária de Maceió.
“Conheci mulheres que fizeram o curso em outras turmas, mas não conseguiram se adaptar ao ambiente das oficinas e desistiram. Nunca vi problema em sujar as mãos de graxa, gosto do que faço e sou respeitada pelos colegas de trabalho. Acredito que o desafio de estar em uma profissão onde a maioria são homens faz com que eu me dedique e especialize cada vez mais”, ressaltou a eletricista, que diz não deixar a vaidade de lado no dia a dia de trabalho.
Ela conta que, no começo da carreira, sentiu um pouco de preconceito por parte de clientes, mas que com o tempo conseguiu conquistar a confiança deles. “Até hoje alguns clientes perguntam se eu sei fazer o serviço. Outros chegam e se surpreendem quando me veem. Sempre no fim do trabalho os clientes elogiam e até voltam para outro serviço. Neste ramo, a mulher trabalha com mais cuidado e capricho”, expôs.
Renda da taxista ajuda a sustentar família com três filhos (Foto: Natália Souza/G1)
Ana Cristina no volante, alegria constanteSe a necessidade faz ocasião, a taxista Ana Cristina Gonçalves soube aproveitar muito bem a dela há nove anos. Mãe de três filhos, a dona de casa se viu desesperada quando seu marido e única fonte de renda da família sofreu um Acidente Vascular Cerebral. “A única coisa que eu sabia fazer era dirigir, então peguei o carro e comecei a fazer lotação particular para sustentar minha família, quando vi que o negócio dava lucro resolvi virar taxista”, afirmou.
Mas segundo Ana Cristina, entre clichês como “mulher no volante, perigo constante” até o respeito que ela adquiriu no mercado atual o caminho foi longo.
“Os donos dos taxis não confiavam em mim para pegar o carro deles e pagar a diária. Já aconteceu caso de passageiros desistirem da corrida quando viam que se tratava de uma taxista, mas isso nunca me atingiu. Hoje sou respeitada e quando preciso de um carro, vários colegas se oferecem”, contou ela, que já está há quase 10 anos no ramo.
Única taxista na empresa em que trabalha na capital alagoana, ela afirma que conhece outras colegas de profissão, mas o mercado ainda é predominantemente masculino. “Acho que as mulheres deveriam pensar mais nessa área. Mulher dirige tão bem quanto o homem. Eu mesma nunca bati nesses anos todos. Me apaixonei pela profissão e pretendo levar até quando puder”, afirmou.
Vaidosa, Ana Cristina não perde o estilo enquanto está dirigindo pela cidade. O batom e o brinco não podem faltar. “Eu gosto de me arrumar. Imagem hoje em dia é tudo”, contou. “Certa vez apanhei um passageiro e no meio da corrida ele tentou me beijar, acredita? Eu tomei um susto, achei que seria um assalto, mas quando ele disse que se tratava de um beijo fiquei nervosa. Não é assim que se faz, né?”, brincou.
Brígida Ferreira é uma das poucas Bandeirinhas que atua no futebol alagoano (Foto: Arquivo pessoal)
Cartão vermelho para o preconceitoBrígida Cirilo Ferreira, de 23 anos, é o tipo de mulher que faz tudo ao mesmo tempo. Apesar da pouca idade, ela cuida da casa, do filho, tem três empregos e ainda tem um tempinho para namorar. Uma das poucas mulheres que trabalha como Bandeirinha em partida de futebol em Alagoas, ela conta que adora o perfil da mulher moderna que tem que se sustentar sozinha.
A rotina de Brígida é bem corrida. Ela acorda 5 horas da manhã para dar aula de ginástica em um condomínio fechado, segue para o segundo trabalho e no final da tarde treina arbitragem, já que nos finais de semana atua como Bandeirinha assistente no futebol de campo.
“Tenho que conciliar tudo. Na hora do almoço e a noite aproveito o tempo com o meu filho de três anos. E mesmo com a correria diária ainda arrumo tempo para namorar", revela.
Mesmo com tantas coisa pra fazer e ainda por cima no tempo certo, a mãezona conta que não sente dificuldades para lidar com os compromissos do dia a dia. “Estou acostumada com a rotina pesada. Não sei ser o tipo de mulher que só fica em casa cuidando dos filhos e do lar. Eu gosto mesmo é de ser independente e resolver as minhas coisas por conta própria. Acho que esse é o perfil da mulher moderna”, define.
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