O
volume de contribuições para a previdência privada na Bahia alcançou o
montante de R$ 4,6 bilhões até agosto de 2024, representando um
crescimento de 12,66% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse
volume de aportes representa o sétimo maior rendimento do país e o maior
do Nordeste, de acordo com dados da Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP).
Os
números do órgão vinculado ao Ministério da Fazenda do Governo Federal
contabilizam os aportes para previdência complementar aberta no Brasil,
que engloba, por exemplo, os planos PGBL (Plano Gerador de Benefício
Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
O
crescimento expressivo da previdência privada na Bahia segue a
tendência observada em outras regiões. De acordo com Erli Bandeira,
Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, esse movimento é
impulsionado por fatores como a expectativa de uma maior longevidade da
população e as incertezas quanto ao sistema de previdência pública.
“Com
a melhora do cenário econômico, as pessoas estão cada vez mais atentas
com o planejamento do seu futuro financeiro e buscando formas de
garantir uma aposentadoria tranquila, especialmente após a reforma da
Previdência de 2019 e os balanços deficitários da Seguridade Social. O
investimento em uma previdência complementar é um reflexo direto desses
fatores”, analisa Bandeira.
O
aumento no saldo do plano também foi percebido no Sicredi na Bahia. A
carteira de previdência privada da instituição cresceu 146% em setembro
deste ano em comparação com dezembro do ano passado. A cooperativa de
crédito alcançou no estado um rendimento de R$ 37,6 milhões nesse
período. De forma geral, os investimentos de longo prazo têm ganhado
cada vez mais adeptos no mercado financeiro.
“Esse
aumento no saldo da previdência mostra que as cooperativas estão
oferecendo soluções acessíveis e adequadas às necessidades dos nossos
associados. Com apenas R$ 50 por mês é possível começar a sua
previdência e garantir uma melhora do padrão de vida no futuro. Com
baixas taxas de administração e taxa zero de carregamento, os planos de
previdência são uma alternativa concreta para quem busca segurança
financeira”, acrescenta Erli Bandeira.
Uma
mudança recente impactou positivamente o setor, e uma nova
regulamentação da Receita Federal deve aumentar a adesão à previdência
privada. Instituída em agosto, a instrução normativa permite agora aos
participantes de planos de previdência complementar escolherem o regime
de tributação no momento da obtenção do benefício ou do primeiro
resgate.
"Essa
opção pode reduzir a carga tributária para quem mantiver o investimento
por longos períodos, especialmente no regime regressivo, cujas
alíquotas diminuem com o tempo. A medida busca facilitar a decisão dos
associados e se aplica a diversos tipos de planos, incluindo PGBL e
VGBL", acrescenta o especialista do Sicredi.
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