Contratação de planos odontológicos no país cresce mais de 35% desde 2020 Levantamento da FenaSaúde revela que 33,4 milhões de brasileiros contam com seguro, demonstrando preocupação com a saúde bucal Um
levantamento da Federação Nacional Saúde Suplementar (FenaSaúde), com
base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, revela que
houve aumento de 35,5% na contratação de planos odontológicos entre
junho de 2020 e junho de 2024, passando de 24,7 milhões para 33,4
milhões de clientes em todo o Brasil. Desse total, 71% são usuários de
planos coletivos empresariais. O estudo também mostra que há espaço para
crescer 53,9% e se chegar a 51,4 milhões de pessoas — número atual de
beneficiários de planos médico-hospitalares. Em
2019, foram realizados 185,6 milhões de procedimentos odontológicos em
todo o país, número que caiu para 154,3 milhões no auge da pandemia, em
2020. Entretanto, três anos depois, a FenaSaúde verificou um salto de
27,1%, chegando a 196,2 milhões no ano passado. Boa notícia para os
dentistas, que comemoram o seu dia neste 25 de outubro. "Percebemos
uma crescente preocupação dos brasileiros com a sua saúde bucal. Além
disso, há a recuperação do poder aquisitivo da população e da atividade
econômica no país após a pandemia. Isso tudo, aliado ao baixo custo de
um plano odontológico, conduz a esse salto de mais de 35% no número de
beneficiários desses planos, que são um investimento muito barato que
ajuda a prevenir doenças graves e aumenta a nossa autoestima com um
sorriso completo no rosto", explica a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente. Prevenção a doenças A
importância do cuidado com a saúde bucal se justifica: 21% dos
entrevistados pela Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, disseram já ter
perdido ao menos 13 dentes. Ou seja, 34 milhões de brasileiros com idade
acima de 18 anos estão nessa condição. E outros 14 milhões não têm mais
nenhum — uma distorção no país com o maior número de dentistas no mundo
(415 mil, sendo 51% no Sudeste) e os melhores cursos de odontologia do
planeta, com os da USP, Unesp e Unicamp entre os cinco principais. A
falta de higiene e saúde bucal pode levar a doenças sistêmicas como
endocardite bacteriana, causada por bactérias na boca que entram na
circulação sanguínea e chegam ao coração, podendo ser fatal. Se essas
bactérias seguirem pelas vias respiratórias, podem provocar doenças
pulmonares como a pneumonia. No caso de gestantes, há o risco de o parto
ser prematuro e baixo peso fetal devido a doenças periodontais
originadas de inflamações nas gengivas. Dentre
os principais procedimentos odontológicos realizados entre 2020 e 2023,
destacam-se raspagens supra gengivais (de 25,9 milhões anotados para
34,7 milhões), restaurações (de 14,8 milhões para 17,7 milhões),
consultas iniciais (de 12,9 milhões para 16,8 milhões) e exames
radiográficos (de 11,7 milhões para 15,1 milhões). |
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