Planaveg será lançado no próximo dia 28 na COP16 e reafirma a meta brasileira de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o país até 2030
A edição revista do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) chega
com a responsabilidade de assegurar que a segunda das 23 metas
acordadas no Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, que
determina a restauração de pelo menos 30% das áreas degradadas no mundo,
seja cumprida no Brasil. O novo texto será apresentado no próximo dia
28 na COP 16, que acontece em Cali, na Colômbia.
Seis
anos após a primeira edição (2017), a atualização do Planaveg para o
período 2025-2028 envolveu oito ministérios, governos subnacionais,
redes e coletivos biomáticos, movimentos sociais e setor privado, e em
um processo estruturado de consulta e deliberação no âmbito da Conaveg -
Comissão Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, liderado pelo
Departamento de Florestas da Secretaria de Biodiversidade, Florestas e
Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
(MMA).
A
União pela Restauração, composta por The Nature Conservancy (TNC),
Conservação Internacional (CI-Brasil), WRI Brasil e WWF-Brasil, ao lado
do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e da Coalizão
Brasil Clima, Florestas e Agricultura, desempenharam um papel
fundamental neste processo, participando efetivamente no desenvolvimento
de políticas públicas para orientar ações de restauração no país.
O
documento reafirma a meta do Brasil de restaurar 12 milhões de hectares
em todo o país até 2030 e destaca o viés socioeconômico da recuperação
da vegetação nativa. Para isso, estratégias de fomento a todos os elos
da cadeia produtiva, de ampliação e otimização do fluxo de investimento e
de instrumentos financeiros, pesquisa e inovação e de consolidação de
monitoramento que garanta transparência à meta são fundamentais. Mais um
importante passo na agenda da biodiversidade e do clima.
Por
um lado, com passivo ambiental de 14 milhões de hectares, equivalente a
quase três vezes o território do Estado do Rio de Janeiro, sendo 72% em
terras privadas, a Amazônia representa o maior potencial de escala no
plantio de vegetação nativa para o país honrar os compromissos
climáticos no Acordo de Paris. Por outro lado, a Mata Atlântica é o
bioma brasileiro mais degradado e que reúne a maior parte da população e
PIB do país, além de ser o que mais concentra ações e expertise em
restauração no Brasil. Os dados são do documento final do novo Planaveg,
que chega na COP16 com grandes expectativas, em um momento em que o
Brasil tem potencial para assumir a agenda de biodiversidade mundial.
“O
desafio agora é colocar em prática tudo que está no papel. Para isso,
nós dependemos da união do setor privado, público, sociedade civil e da
academia, para que possamos não apenas construir, mas sobretudo
implementar modelos sólidos de governança que aterrissam o Planaveg no
chão”, destaca Rubens Benini, líder da Estratégia de Restauração
Florestal da TNC Brasil e representante da sociedade civil na Comissão
Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg).
O Planaveg é resultado da colaboração entre os setores privado, público, sociedade civil e academia, que juntos reuniram no documento três pilares essenciais para a restauração florestal brasileira: Governança, Mecanismos Financeiros e Monitoramento.
- Governança e arranjos de implementação: diretrizes para implementar o plano em territórios específicos, como bacias hidrográficas e municípios, no qual aponta modelos de gestão e governança considerando a participação de distintos setores, incluindo os coletivos de restauração, como o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, entre outros;
- Mecanismos financeiros: com o objetivo de garantir investimentos e viabilizar a restauração em larga escala, bem como otimizar o fluxo de investimento em territórios prioritários;
- Monitoramento e inteligência territorial: traz soluções inovadoras para expandir e otimizar o monitoramento de territórios, por exemplo. Com o apoio de tecnologias de sensoriamento remoto e articulações com plataformas já existentes, o plano propõe a criação de uma plataforma nacional de monitoramento.
“Ações e projetos que visam a escalada da restauração por meio de uma gestão integrada da paisagem são fortes aliados nesse desafio, pois potencializam as metas brasileiras de biodiversidade e clima, alinhando-se diretamente com as necessidades globais. O alcance de resultados efetivos passa pelo fortalecimento de políticas nacionais e subnacionais e pela inclusão das comunidades locais, que desempenham um papel essencial na conservação da biodiversidade.”, conclui Laura Lamonica, representante da União pela Restauração (U4R).
SERVIÇO:
Evento: LANÇAMENTO OFICIAL DO PLANAVEG (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa) 2025-2028
Data: 28 de outubro (HOJE)
Horário: 11h às 12h30 (horário de Brasília)
Local: Espaço Brasil, Pavilion #3, Plaza 2, COP16 (Zona Azul)
Transmissão: O evento contará com tradução simultânea, disponível via aplicativo para participantes presenciais, e será transmitido ao vivo pelo canal oficial do MMA - link direto para a transmissão.
Para mais informações: Link (transmissão ficará salva na página)
SOBRE AS ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS
União pela Restauração- U4R – Lançada
na COP 26, em 2021, a União pela Restauração (U4R) visa acelerar a
recuperação de paisagens e florestas no Brasil, contribuindo para o
desenvolvimento local, a conservação da biodiversidade e a oferta de
serviços ecossistêmicos essenciais à manutenção da vida no planeta.
Formada pela Conservação Internacional (CI-Brasil), The Nature
Conservancy (TNC Brasil), World Resources Institute (WRI Brasil) e o
WWF-Brasil, o movimento foi um dos articuladores para a candidatura e
eleição da Mata Atlântica como uma das 10 iniciativas de referência da
Restauração Mundial (‘flagship’ em inglês) da Década da ONU da
Restauração de Ecossistemas. Com destaque para a mobilização de recursos
internacionais, a União pela Restauração busca a mobilização e
articulação de esforços para avançarmos com a restauração em escala,
visando também a governança estruturada e redes fortalecidas.
IIS – O Instituto Internacional para Sustentabilidade é uma organização privada brasileira sem fins lucrativos cuja missão é desenvolver soluções transformadoras para um mundo sustentável, com base na Ciência e outros saberes. Promovemos impacto positivo em políticas públicas, modelos de negócio e tomada de decisão junto a governos, empresas, organizações multilaterais e da sociedade civil. Acesse nossas redes sociais: Instagram e LinkedIn, além de nossa plataforma PLANGEA Web para conferir áreas prioritárias para restauração e conservação no Brasil e no mundo.
Coalizão Brasil – A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
TNC – A The Nature Conservancy (TNC) é uma organização de conservação ambiental dedicada à proteção das terras e águas das quais toda a vida depende. Guiada pela ciência, a TNC cria soluções locais inovadoras para os principais desafios do mundo, de forma que a natureza e as pessoas possam prosperar juntas. No Brasil, onde atua há 35 anos, o trabalho da TNC concentra-se em solucionar os complexos desafios de conservação da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica a partir de uma abordagem sistêmica, com foco na implementação e geração de impacto, para mitigar as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade. A TNC Brasil atua em cooperação com a TNC Global, organização que trabalha em 81 países e territórios – 40 por impacto direto na conservação e 41 por meio de parceiros –, utilizando uma abordagem colaborativa, que envolve comunidades locais, governos, setor privado e a sociedade civil. Saiba mais em nosso site e nos siga no LinkedIn e Instagram.
CI-Brasil – A Conservação Internacional usa ciência, política e parcerias para proteger a natureza da qual as pessoas dependem para obter alimentos, água doce e meios de subsistência. Desde 1990 no Brasil, a Conservação Internacional trabalha em mais de 30 países em seis continentes para garantir um planeta saudável e próspero, que sustenta a todos.
WWF-Brasil – O WWF-Brasil
é uma ONG brasileira que há 28 anos atua coletivamente com parceiros da
sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para
combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da
natureza. Estamos conectados numa rede interdependente que busca
soluções urgentes para a emergência climática.
WRI Brasil – O WRI Brasil um instituto de pesquisa que trabalha em parceria para gerar transformação. Atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções para que as pessoas tenham o essencial para viver, para proteger e restaurar a natureza, pelo equilíbrio do clima e por comunidades resilientes. Alia excelência técnica à articulação política e trabalha com governos, empresas, academia e sociedade civil. O WRI Brasil faz parte do World Resources Institute (WRI). Fundado em 1982, o WRI conta com cerca de 1,7 mil profissionais pelo mundo, com escritórios em Brasil, China, Colômbia, Índia, Indonésia, México e Estados Unidos, além de escritórios regionais na África e na Europa.
Informações para a imprensa com a equipe
The Nature Conservancy (TNC) Brasil
Erika Sarinho | erika.sarinho@fsb.com.br | +55 11 98183-0361
Lorena Nunes | lorena.nunes@fsb.com.br | +55 61 9166-4001
Nenhum comentário:
Postar um comentário