Evento apresentou com exclusividade “Estudo Têxtil da Bahia”, realizado pelo Observatório da Indústria FIEB, com apoio do IEMI – Inteligência de Mercado e do Senai Cimatec Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia. Crédito: Mário Marques |
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Na
cerimônia de abertura do 9º Congresso Internacional da Abit (Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), iniciado nesta
quarta-feira (30/10), no Senai Cimatec, em Salvador (BA), o governador
da Bahia, Jerônimo Rodrigues, anunciou planos para fortalecer o setor no
Estado. Também expressou seu compromisso com a segurança jurídica e a
viabilidade dos negócios. “Fizemos investimentos estruturantes em
estradas, buscando portos, aeroportos e aeródromos, em prol da
mobilidade de pessoas e de cargas, garantindo a produção e um ambiente
seguro de energias renováveis”, salientou.
Rodrigues mostrou mapa
produzido em parceria com o Senai Cimatec sobre o potencial energético
da Bahia, considerando a eólica, solar e, por consequência das duas, o
hidrogênio verde. “Portanto, temos capacidade de oferecer matriz
energética limpa e mão de obra qualificada”, enfatizou, assegurando o
interesse do Estado no desenvolvimento do setor.
Em sua fala de
abertura, Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit,
apresentou mensagem de compromisso com a sustentabilidade do presidente
da entidade, Ricardo Steinbruch, que não pôde participar. “A COP 30, que
ocorrerá em Belém em 2025, será uma vitrine muito importante para
mostrarmos nossas práticas sustentáveis ao mundo”, disse, em nome do
dirigente.
Pimentel, por sua vez, destacou providências
necessárias para o desenvolvimento do setor em um cenário desafiador,
com número crescente de entrantes internacionais. “Além da agenda
macroeconômica, nossa resposta precisa ser muito direta, com inovação,
políticas transformadoras, expansão do Reintegra, que é a devolução dos
impostos acumulados nas vendas externas, não só das pequenas, mas também
das grandes empresas. Teremos de concluir a reforma tributária em
curso, com sistema racional, que não onere e não gere tantos
contenciosos como temos no País. É preciso criar, assim, um ambiente
mais sólido para os negócios, com segurança jurídica, física e
patrimonial”, ressaltou.
Para o presidente da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, a
realização do evento no Estado contribui para alavancar o
desenvolvimento do setor. “Vamos trilhar esse caminho de fortalecimento
da cadeia certa da indústria local. Nada mais adequado do que estar
neste congresso, que reverte numa expectativa muito grande, porque as
discussões e a divulgação de conhecimento certamente serão fundamentais
para essa industrialização, tão desejada por todos nós”, afirmou. Estudo Têxtil da Bahia O
9º Congresso Internacional da Abit reuniu Marcelo Prado, diretor do
IEMI – Inteligência de Mercado, e Vladson Menezes, superintendente da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), para apresentar, em
primeira mão, o “Estudo Têxtil da Bahia”. O trabalho foi realizado pelo
Observatório da Indústria FIEB, com apoio do IEMI e do Senai Cimatec.
Apresentaram-se
estudos de caso relevantes para o desenvolvimento do ambiente de
negócios na esfera estadual, um balanço histórico e uma projeção do
potencial do setor têxtil e de confecção. Segundo o levantamento, se
fosse possível transformar toda a fibra de algodão da Bahia, haveria
chance de alcançar a meta de 730 mil toneladas produzidas e o
faturamento médio de R$ 23 bilhões, considerando apenas as manufaturas
têxteis.
Para Marcelo Prado, caso tivéssemos uma cadeia
hermética, o número de empregos poderia saltar dos 23 mil para 600 mil.
“A indústria de têxteis e de confeccionados zeraria a mão de obra
disponível no Estado. Não à toa, quando começaram seus processos de
industrialização e globalização, os países asiáticos escolheram o setor
como seu principal motor de desenvolvimento”, explicou, destacando que o
cumprimento dessa projeção “alavancaria em 50% o PIB da indústria do
Estado”.
Corroborando com a análise, Vladson Menezes, da FIEB,
reiterou que o diagnóstico inédito revela que, “dentro das vantagens
competitivas próprias da Bahia, destacam-se as condições de logística,
disponibilidade do algodão e a questão da resiliência das fibras
naturais”. O debate ressaltou a necessidade de envolver o Governo do
Estado, com todas as suas secretarias, entidades e órgãos da sociedade,
em diálogos com o setor, seja no sentido de divulgar vantagens
mercadológicas ou para viabilizar projetos de investimentos. Nova realidade mundial O
embaixador Roberto Azevêdo, que foi diretor-geral da Organização
Mundial do Comércio (OMC), ministrou a palestra inaugural da
programação. Intitulada “Nova Realidade Mundial e seus Impactos”, a
apresentação apontou três grandes rupturas estruturais na realidade
mercadológica global: a revolução digital; o novo cenário de tensões
geopolíticas; e a revolução da agenda ambiental e climática.
Tendências
como a forte demanda global por critérios de rastreabilidade de
matérias-primas e um alerta para a necessidade de amadurecimento desse
processo, inclusive no setor têxtil e de confecção, estiveram entre as
tônicas da palestra.
Outro tema relevante direcionou as análises para o movimento de internacionalização da China por meio de práticas como a do friendshoring,
que estabelece parceria entre empresas de diferentes países. “Vivemos
essa dicotomia de manter uma relação muito próxima da China do ponto de
vista econômico e ter certa afinidade também de relações comerciais
importantes com Europa, Estados Unidos e outros países”, afirmou. “São
(esses) novos elementos da geopolítica internacional que precisam ser
bem pensados”.
O diplomata encerrou a palestra tecendo elogios ao
setor têxtil e de confecção. Classificou-o como “proativo e consciente
dos desafios que se colocam dentro do País e internacionalmente”.
A
nona edição do Congresso Abit ocorre nos dias 30 e 31 de outubro,
contando com os seguintes parceiros estratégicos: DeMillus, SENAI
Cetiqt, Vicunha. Apoios institucionais: Texbrasil (Programa de
Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira), uma
parceria da Abit com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos), MDIC, FIEB e mais de 60 patrocinadores.
Com mais de 400 participantes presenciais, o evento conta com mais de
seis painelistas e 18 speakers, nacionais e internacionais. Informações em www.congressoabit.com.br
Sobre a Abit A
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit),
fundada em 21 de fevereiro de 1957, é uma das mais importantes entidades
dentre os setores econômicos do País. Representa a força produtiva de
24 mil empresas instaladas por todo o território nacional, de todos os
portes, que empregam mais de 1,3 milhão de trabalhadores e geram,
juntas, um faturamento anual (em 2022) de R$ 193 bilhões. Serviço: 9º CONGRESSO INTERNACIONAL ABIT Data: 30 e 31 de outubro de 2024 (quarta e quinta-feira) Horário: das 8h às 18h Local: SENAI CIMATEC, Av. Orlando Gomes, 1845, Piatã, Salvador, BA.
Carlos Henrique Passos, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Crédito: Mário Marques |
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Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit. Crédito: Mário Marques |
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Plateia. Crédito: Mário Marques |
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Público presente na cerimônia de abertura. Crédito: Mário Marques |
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Atendimento à imprensa Sobre Abit e Congresso - Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação Ágata Marcelo | agata@viveiros.com.br | (11) 95142-8998 Cintia Santos | cintia.santos@viveiros.com.br | (11) 96366-1674 |
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