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Um estudo dos recursos estilísticos da poesia, dos quais se servem as religiões em suas narrativas, exige uma nova avaliação das religiões, que deixa para trás as teses de Karl Marx. Com sua estupenda erudição, Sloterdijk reúne, portanto, percorrendo a história, elementos de uma crítica de formas literárias expositivas enquanto crítica de documentos tanto dogmáticos quanto teológicos — chegando, assim, ao núcleo incandescente do presente, no qual narrativas ou fatos se entrechocam com fatos alternativos.
O AUTOR
Peter Sloterdijk nasceu em Karlsruhe, Alemanha, em 1947. Vem renovando substancialmente o pensamento contemporâneo graças a suas análises iconoclastas sobre a exaustão dos modelos tradicionais tanto na reflexão filosófica quanto nos processos políticos. Estudou filosofia, história e germanística em Munique e Hamburgo, de 1968 a 1974. Suas primeiras áreas de interesse foram a hermenêutica, a teoria crítica, a fenomenologia e a teoria estrutural da história em Michel Foucault. Viveu na Índia entre 1979 e 1980 – estada que lhe despertou forte interesse pelas sabedorias do Oriente e o fez relativizar os cânones ocidentais.
Destacou-se em 1983 com a publicação de Crítica da razão cínica (Estação Liberdade, 2012), que obteve ampla repercussão, tornando-se o livro de filosofia mais vendido na Alemanha do pós-guerra. Lecionou em Frankfurt e Viena, antes de ser nomeado professor de filosofia e estética na Escola Superior de Artes Aplicadas de Karlsruhe, da qual foi reitor de 2001 a 2015. Entre 2002 e 2012 apresentou, ao lado do também escritor Rüdiger Safranski, o conceituado e popular programa de TV “O quarteto filosófico”. No Brasil, Sloterdijk publicou Pós-Deus (Editora Vozes), O zelo de Deus: Sobre a luta dos três monoteísmos (Editora Unesp) e, pela Editora Estação Liberdade, publicou ainda No mesmo barco, Regras para o parque humano, O desprezo das massas, Derrida, um egípcio, Ira e tempo e Esferas I: Bolhas. E no prelo, por esta casa, Esferas II: Globos (trad. Nélio Schneider), Você precisa mudar sua vida: Sobre a antropotécnica (trad. Marco Casanova) e O remorso de Prometeu.
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