MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

CNPEM é destaque na revista Nature com projeto do complexo de laboratórios Orion

 

 



Orion será o primeiro de biossegurança máxima do mundo interligado a um acelerador de partículas
 

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, foi destaque dia 21 de agosto na edição on-line da Nature, uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo, por seu projeto inovador do complexo de laboratórios Orion, que inclui o primeiro de biossegurança máxima (NB4) na América Latina. O complexo que está sendo construído no CNPEM será o primeiro do mundo ligado a um acelerador de partículas, o Sirius.


 

O laboratório Orion, atualmente em construção no campus do CNPEM, será um marco na pesquisa de patógenos de alto risco no Brasil e na América Latina, permitindo que os cientistas estudem com segurança vírus que podem ser mortais e para os quais ainda não existem vacinas ou tratamentos. De acordo com a Nature, o Orion “poderá significar mais autonomia para a ciência do país, permitindo que os pesquisadores estudem patógenos locais e desenvolvam tratamentos internamente, em vez de viajar para laboratórios em outros países”.


 

Uma das grandes inovações do Orion é sua integração com a fonte de luz síncrotron Sirius, também localizado no CNPEM. O Sirius, que é uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, será conectado ao laboratório NB4, permitindo que três linhas de feixes de raios X sejam usadas para revelar as estruturas dos patógenos e a dinâmica de como eles infectam células, tecidos e pequenos organismos.
 



O Diretor-Geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, afirma que a construção do Orion é de menor curso do que outras instalações do NB4. “O custo de um laboratório como este nos Estados Unidos pode atingir até um bilhão de dólares”, diz ele. “Estamos usando um quinto deste valor para construir uma infraestrutura que permitirá maior autonomia de pesquisa.”


 

Harry Westfahl Jr., diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS/CNPEM), comentou à Nature sobre os desafios e soluções para conectar o síncrotron ao laboratório de biocontenção máxima, garantindo a segurança e precisão necessárias para pesquisa de ponta, ressaltando a complexidade do projeto.


 

Além das questões técnicas, o artigo da Nature abordou também os desafios relacionados à segurança e à manutenção do Orion. O reconhecimento do CNPEM e do projeto Orion na Nature mostra a importância do investimento em ciência e tecnologia de alta complexidade no Brasil, posicionando o país na vanguarda da pesquisa global em saúde pública e biossegurança.



 

Projeto Orion

 

O projeto Orion será um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, que compreenderá instalações de alta e máxima contenção biológica (NB4) inéditas na América Latina, as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius. Em construção na cidade de Campinas-SP, no campus do CNPEM, o Projeto reunirá técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens, que serão abertas a comunidade científica e órgãos públicos. Ao possibilitar o avanço do conhecimento sobre patógenos e doenças correlatas, o Orion subsidiará ações de vigilância e política em saúde, assim como o desenvolvimento de métodos de diagnóstico, vacinas, tratamentos e estratégias epidemiológicas. Instrumento de apoio à soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, o Orion tem o potencial de beneficiar diversas áreas, como saúde, ciência e tecnologia, defesa e meio ambiente.


 

A execução do projeto Orion é de responsabilidade do CNPEM. O Projeto integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, é financiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI e apoiado pelo Ministério da Saúde (MS). A iniciativa faz parte da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do Governo Federal, atuando como um instrumento de soberania, competência e segurança nacional nos campos científico e tecnológico para pesquisa, defesa, saúde humana, animal e ambiental. A concepção do Orion deve ainda fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), iniciativa coordenada pelo MS, voltada ao atendimento de demandas prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Sirius - o acelerador de partículas brasileiro

 

A primeira fase do Sirius conta com 14 linhas de luz capazes de cobrir uma grande variedade de áreas científicas, e que já estão sendo disponibilizadas para a comunidade científica e tecnológica. O Novo PAC, anunciado em agosto de 2023, prevê recursos do FNDCT/MCTI para a Fase II do Projeto Sirius, contemplando a construção de dez novas estações de pesquisa e a otimização das instalações.

 

Até junho de 2024, foram repassados R$ 2,25 bilhões para a Fase I e R$ 125 milhões para a Fase II do Sirius. Estão previstos mais R$ 675 milhões para a conclusão da Fase II, que totalizará R$ 800 milhões.

 

As novas linhas previstas permitirão ao Sirius atender a um número ainda maior de usuários acadêmicos e empresariais, ampliando as possibilidades de pesquisa. Além disso, os investimentos na estrutura civil e de aceleradores vão aumentar o número de estações experimentais, otimizando os resultados, já que cada linha de luz opera como uma instalação independente.

 


 

Sobre o CNPEM

 

O CNPEM compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Organização social supervisionada pelo MCTI, o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no Brasil, o CNPEM desenvolve o Projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos.

 

Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no país, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. O CNPEM opera os Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além da Ilum Escola de Ciência, um curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).

 

Saiba mais:

 First biolab in South America for studying world’s deadliest viruses is set to open (nature.com)

 

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