BLOG ORLANDO TAMBOSI
Tratados comerciais ainda são negociados supondo que economistas estejam corretos. Deirdre McCloskey para a FSP:
A
economia avançou desde 1776, lentamente, mas os atuais defensores de
teorias obsoletas ainda estão por aí vendendo suas coisas. Seria como se
alguns astrônomos ainda acreditassem que o Sol gira em torno da Terra
ou que a Via Láctea é todo o Universo.
A
escola mais antiga era mercantilista, economistas que não sabiam que o
comércio é mutuamente benéfico. Os tratados comerciais ainda são
negociados supondo que tais "economistas" estejam corretos. Na América
Latina, o defensor foi Raul Prebisch (1901-1986).
Tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto Jair Bolsonaro (PL)
acreditam nisso, assim como a maioria das pessoas na rua.
O herói da minha juventude, Karl Marx, e o herói da minha velhice, Adam Smith,
substituíram o mercantilismo por uma teoria das etapas de crescimento.
Eles pensavam no valor como quanto trabalho havia sido incorporado em,
digamos, um quilo de café ou uma casa limpa. A quantia era uma
"estrutura", que continua sendo uma palavra favorita dos marxistas, que
não entendem o que veio a seguir:
O herói dos meus 20 anos, Paul Samuelson (1915-2009;
Nobel em 1970), disse: "Não. Os bens têm receitas variadas. Portanto,
se você conhecer o livro de receitas, pode prever o futuro planejando".
Como planejar suas compras de supermercado. Simples. O que significa que
a maioria dos economistas ainda não entendeu o que veio a seguir:
"Não",
disse Milton Friedman (1912-2006; Nobel em 1976), o herói dos meus 30
anos: "A economia não funciona segundo uma fórmula conhecida, mas por
tentativa e erro. Isso tem um nome: liberdade". Na Escola de Chicago, um
realismo cínico é o termo divino, que ensinei aos "Chicago Boys" na
década de 1970."Não", disseram os heróis dos meus 50 e 60 anos,
Friedrich Hayek (1899-1992; Nobel em 1974), Frank Knight (1885-1972) e
James Buchanan (1919-2013; Nobel em 1986). "O conhecimento é o problema.
Como dizem em Hollywood, ninguém sabe nada. O truque é encontrar uma
constituição de liberdade." Liberdade como seu termo divino, mas imposta
de cima para baixo.
"Não",
digo eu (nascida em 1942) e alguns outros estudiosos da economia, como a
cientista política Elinor Ostrom (1933-2012; Nobel em 2009), o holandês
Arjo Klamer (n. em 1953) e o economista experimental Bart Wilson (n. em
1969). "Os humanos são humanos. Ideias, ideologia, conversa, discussão,
ética, criatividade são importantes para eles." E devem ser. O termo
divino pode ser, e no meu caso é, Deus respondendo à pergunta: "E daí?".
Nós o chamamos de humanomia.
Postado há Yesterday por Orlando Tambosi
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