O ano de 2021 não foi fácil para a indústria do automóvel. Crise dos semicondutores, assim como falta de outros insumos e até mesmo falta de navios afetaram a produção de carros no mundo todo.
Mas no Brasil tudo pode ser (e sempre) é mais dramático. E 2021 ficará marcado pelo fim de carreira de veteranos que ainda resistiam. Os motivos são diversos, desde a incapacidade de adequação às nova exigências de emissões e até fechamento de fábricas.
A despedida mais recente foi a do Fiat Uno. O carrinho saiu de cena depois de 37 anos. Com baixo volume de vendas, falta de conteúdos modernos e incapaz de concorrer com os irmãos Mobi e Argo, o Uno deixou o mercado no apagar de 2021.
Janeiro
Os primeiros desfalques ocorreram já em janeiro. Ainda na primeira quinzena, a Ford anunciou o fechamento de suas fábricas no Brasil. Numa tacada só, EcoSport, Ka e Ka Sedan saíram de campo.
Logo em seguida, vieram os anúncios de que a dupla Etios e Etios Sedan, da Toyota, seriam descontinuados no Brasil. No entanto, a produção segue para distribuição em outros mercados latinos.
Em março a Citröen oficializou o fim da produção do C3. O compacto já andava sumido da praça desde o final de 2020, mas ainda figurava no site da fabricante, junto com os outros “fantasmas” C4 Lounge e Aircross.
O Volkswagen Up engrossou a lista de finados. O carrinho até passou por um ajuste interno, que limitou sua capacidade para quatro ocupantes, para atender a exigência do cinto de três pontos para todos ocupantes, mas em abril, a Volks decidiu ceifar o pequenino.
A alemã ainda tirou da praça o Fox. Apesar de bem sucedido, ele era o modelo mais antigo da gama, em linha desde 2003. Segundo a Volks, o motivo era liberar espaço na planta de São José dos Pinhais, para ampliar a produção do T-Cross.
Montana
Depois de 19 anos de labuta, a Montana encontrou o descanso eterno. A picape que teve apenas duas gerações estava há 11 anos com a mesma carroceria. Incapaz de concorrer com a Fiat Strada e até mesmo com a Volkswagen Saveiro, a GM decidiu tirar o carro de linha para abrir caminho para uma nova picape de porte intermediário, que irá herdar o nome da finada.
Outro modelo que partiu dessa para melhor foi o Nissan Versa V-Drive, em setembro. O modelo ganhou nome novo para conviver com a nova geração, importada do México. Mas o desempenho fraco empurrou o feioso para o cadafalso.
Fit e Civic
A Honda sempre opera de forma sincronizada nos mercados que atua. Mas desde as renovações do Fit e Civic, a filial brasileira não se mexeu. E o que parecia ser um rumor se confirmou. Fit e Civic deixam de ser fabricados.
No lugar do monovolume, a Honda irá ofertar o City Hatchback, que foi apresentado há pouco e estreia até março. Já o Civic nacional será reposto pela nova geração, que virá importada, e também pelo novo City, que cresceu e ficou mais potente para se posicionar na base da linha.
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