MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Bolsonaro: "mais importante que a própria vida, é a nossa liberdade"

 


Em evento na Itália, o presidente lembrou as origens italianas por parte do bisavô e prestou homenagens a pracinhas brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial


Tribuna da Bahia, Salvador
02/11/2021 10:31 | Atualizado há 7 horas e 34 minutos

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Foto: Reprodução Tv Brasil

Por Ingrid Soares

O presidente Jair Bolsonaro participou nesta terça-feira (2/11) em Pistoia (Itália), da cerimônia em homenagem aos soldados brasileiros que morreram na Segunda Guerra Mundial. Na época, os soldados mortos no conflito foram sepultados no Cemitério Militar Brasileiro na Itália. Esse local abrigou os restos mortais de 467 combatentes entre os anos de 1945 e 1960 quando ocorreu o translado para o Monumento
Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

"Pela primeira vez, estou em solo italiano. Solo este, nesse momento sagrado para nós onde rememoramos aqueles que tombaram em luta por aquilo que é de mais sagrado entre nós: a nossa liberdade", apontou.

Bolsonaro lembrou origens italianas por parte do bisavô e defendeu que "mais importante que a própria vida, é a nossa liberdade". "Esta é a terra também de meus antepassados. Hoje um sétimo da população brasileira, 30 milhões de pessoas, tem origem italiana. Em 1943, um dever nos chamava a voltar para a Itália e lutar por liberdade. Assim, 25 mil soldados brasileiros cruzaram o Atlântico, muitos de origem italiana, e para cá vieram. Dois anos depois, quase 500 brasileiros aqui pereceram, mas a vitória se fez presente. Ouso dizer: mais importante que a própria vida, é a nossa liberdade".

Por fim, o presidente acenou ao povo italiano e exaltou a relação entre a Itália e o Brasil.

"Ouvi aqui a palavra gratidão. Ela tem mão dupla. Apesar de o Oceano Atlântico nos separar, nos sentimos mais que vizinhos, nós somos irmãos. A todos vocês, nosso irmãos italianos, a minha continência, o meu orgulho de estar aqui e a satisfação de estarem ao nosso lado ontem, hoje e sempre. Brasil e Itália sempre juntos", concluiu em sinal de continência com a mão direita.

Matteo Salvini, senador italiano de extrema direita, se desculpou com o presidente por protestos na região.

"Desculpe, senhor presidente, pela polêmica de poucos que dividem os povos e vêm aqui sem pensar na memória, na coragem. Nossa amizade vai muito além dessas divisões. Pedimos desculpas portanto por essa polêmicas".

Também participaram da cerimônia os ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil), Carlos França (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o embaixador do Brasil na Itália, Hélio Ramos.

Ontem, o presidente visitou a Basílica de Santo Antônio de Pádua, na Itália. Horas antes do passeio, manifestantes foram às ruas próximas da Basílica em protesto contra o presidente. A polícia italiana usou jatos d'água para dispersar as pessoas. Em vídeos divulgados nas redes sociais, os policiais aparecem também utilizando cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Fonte: Correio Braziliense

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