Quem
acha que a psicologia organizacional é um campo recente, se engana. Lá
atrás, em 1899, despontaram os primeiros estudos sobre a fadiga, mal que
acomete muitos trabalhadores. Desde então, essa área de estudo, aliada
ao crescimento mundial das indústrias, se tornou uma área de foco para a
psicologia, que passou a buscar entender o funcionamento do cérebro
humano em relação ao trabalho.
Durante
o pós-guerra, nos anos 50, o cenário não era muito animador para quem
queria ter um emprego e uma saúde mental estável. Nesta época de
expansão do capitalismo, quase um terço dos trabalhadores americanos
morreram por conta de ataques cardíacos dado às suas árduas horas de
trabalho. Assim nasceu a área de recursos humanos moderna como
conhecemos hoje, que antes não possuía o atributo de se preocupar com o
bem-estar das pessoas.
Hoje
em dia, temas como ansiedade, síndrome do burnout, depressão e até
suicídio são pautas trazidas pelo RH para suas corporações com o intuito
de cuidar cada vez mais da felicidade e bem-estar dos seus
colaboradores. Em 2018, empresas como PepsiCo, Microsoft e Facebook
mostraram para o mundo que inovar suas políticas e práticas do setor de
RH é mais simples do que parece e auxilia as empresas a contratarem
melhor e aumentar a produtividade dos colaboradores.
Um
levantamento feito em 2021 pela Kenoby, startup de seleção e
recrutamento digital, mostra que, de 488 profissionais do RH
entrevistados, em 67% das companhias onde eles atuam houve colaboradores
afastados por problemas emocionais.
Além
disso, um estudo recente da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra
que uma a cada cinco pessoas no trabalho pode sofrer de algum problema
de saúde mental. E ainda há quem diga que devemos separar o emocional do
profissional. Como seria possível separar estas áreas quando ambas
impactam diretamente uma na outra? Quando algo não vai bem na saúde
mental, é notável que isso impacte diretamente no trabalho, causando
perda de produtividade, queda na qualidade, podendo acarretar muitas
vezes até em ausências.
A
ideia da psicologia organizacional, unida ao RH dentro das empresas, é
ser responsável pelo desenvolvimento de estratégias avaliando sempre os
efeitos dos ambientes empresariais no psicológico dos funcionários. Além
disso, também é responsável por manter a qualidade do clima
organizacional, com boas condições de trabalho e equipes motivadas.
Por
que as empresas devem adotar novas medidas de RH e implantar a
psicologia organizacional? Boas condições de trabalho somado a
colaboradores com uma saúde mental equilibrada é a fórmula do
crescimento saudável para uma empresa, seja ela pequena, média ou
grande. O primeiro passo para que isso aconteça? Começar a escutar e
acolher os colaboradores com suas dores.
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