Ensaio de André Spritzer, publicado pelo Estado da Arte:
A
romantização que setores da esquerda brasileira fazem de autocracias
autoproclamadas socialistas como Cuba e Venezuela e o correspondente
apoio e tolerância por grande parte da direita a autoritários como a
antiga ditadura militar, o governo de Pinochet e líderes como Trump e
Bolsonaro são ilustrativos de uma faceta bastante desconfortável da
cultura política nacional: temos sérios problemas com a democracia.
Pesquisas
indicam que, apesar de termos conseguido construir um arcabouço
institucional do ponto de vista formal e procedimental desde a
redemocratização, este não veio acompanhado de uma correspondente
cultura política democrática1. Mesmo que a experiência do viver sob um
regime democrático—especialmente durante os anos de bonança
econômica—tenha tido um efeito positivo, esta foi insuficiente para
consolidar na população valores e atitudes compatíveis com a democracia
liberal2–4.
Se
por um lado o brasileiro diz apoiar a democracia quando indagado
diretamente, ele apresenta, por outro, uma série de inconsistências ao
ser questionado de forma mais específica sobre as normas, princípios e
valores que a sustentam1,5–10. As contradições incluem apoio a
democracia sem Congresso e partidos, a tolerância com práticas como
corrupção e abuso de poder se cometidas por motivos considerados nobres e
a concordância com ideias como permitir que um governo desrespeite as
leis ou até mesmo se torne uma autocracia para solucionar problemas como
crises econômicas, criminalidade e corrupção. As pesquisas indicam que,
ao mesmo tempo que apoiam o aspecto participativo da democracia (voto,
manifestações e ativismo, por exemplo), os brasileiros têm pouco apreço
ao que possibilita de fato esse regime, como instituições
representativas (Congresso e partidos) e procedimentos (império da lei).
Essa
incoerência atitudinal a respeito dos fundamentos democráticos convive
com uma imensa desconfiança das instituições—em especial as
representativas. Essa desconfiança, por sua vez, está bastante ligada ao
baixo nível de satisfação com o regime, que depende mais da satisfação
com elementos concretos, como desempenho econômico e combate ao crime e à
corrupção, do que com a realização prática dos princípios e valores
abstratos que fundamentam e possibilitam uma democracia liberal
plena6,11,12. A baixíssima confiança em partidos políticos, em especial,
possui correlação com uma também muito baixa confiança interpessoal e é
um pouco maior tanto entre os muito ricos quanto entre os muito
pobres6,8.
Corroborando
a intuição, as pesquisas também indicam que uma maior escolaridade
aumenta a chance de o eleitor apoiar a democracia, consumir informação
sobre política e participar de atividades políticas13. Por outro lado,
maior escolaridade também está associada a uma menor satisfação com a
democracia, além de não afetar a confiança nos partidos8.
Complementarmente, valores pós-materialistas, referentes à questões como
direitos individuais e de minorias, também estão ligados a uma maior
participação—inclusive em partidos—e a uma menor confiança nas
instituições, mas é difícil precisar causalidade (ou seja, se produzem
adesão à democracia), pois estão presentes em apenas uma pequena parte
da população e têm uma forte correlação com renda e escolaridade14–18.
Outro fator é a idade: quanto mais velho o eleitor, maior a
probabilidade dele apoiar medidas autoritárias como o fechamento do
Congresso—e isso ainda é agravado quanto maior for a renda19.
Apesar
da baixa politização da maior parte da população20 e da total
desconfiança em partidos, a cultura política brasileira desde a
redemocratização também é afetada pelo partidarismo e seu dual, o
antipartidarismo (ou partidarismo negativo). No Brasil, a dinâmica
envolvendo esses sentimentos tem se dado em torno de um partido em
particular, o PT, que foi o único que conseguiu criar de forma
significativa uma ligação emocional/identitária com parte considerável
do eleitorado21–23. Em reação a isso, surgiu também uma identidade
antipetista, especialmente nas regiões Sul e Sudeste e entre o
eleitorado branco, de maior renda e escolaridade, que se define
ideologicamente como sendo de centro-direita ou direita. A rejeição ao
PT, no entanto, não se traduziu em uma afinidade do eleitor antipetista
com outros partidos—ou seja, o voto nesses partidos sempre foi mais um
voto contra o PT do um voto sincero, alinhado com seus valores. Ainda
que o antipetismo continue mais forte, mais recentemente, o
antipartidarismo se ampliou para além do PT, mirando também os outros
partidos e o “sistema” como um todo—e isso se deu ao mesmo tempo que o
partidarismo, quase exclusivamente petista e superior ao antipetismo,
perdeu força e foi superado pelo antipartidarismo23–25.
Interessantemente,
apesar do crescimento da animosidade entre petistas e antipetistas, as
pesquisas apontam que há mais convergência ideológica no eleitorado do
que divergência—especialmente após o PT dar uma guinada à direita quando
Lula assumiu a presidência em 200223,26,27. A polarização, portanto, é
mais afetiva—ou seja, ligada a um vínculo emocional mais intenso ao
próprio grupo (que pode ser tanto um partido quanto um mero rótulo
ideológico, como “direita”, “esquerda”, “conservador”, “liberal” etc.) e
a uma maior aversão aos demais—do que ideológica ou programática. Ela
também é assimétrica à direita: enquanto a esquerda e o centro
permaneceram no mesmo lugar, a quantidade de pessoas que não sabia se
posicionar no espectro ideológico aumentou e a direita se movimentou
mais ao extremo e cresceu, com mais de 40% do eleitorado adotando esse
rótulo em 2018 ante a menos de 30% em 2014. Também é notável que o
antipartidarismo—em ambas as variantes antipetista e de rejeição a todos
os partidos—veio acompanhado de um forte crescimento da intolerância
política, amplificando seu efeito24. Em 2019, por sua vez, quase 58% dos
brasileiros tinham antipatia por ao menos um partido e 47,5% tinham
intolerância—ou seja, mais da metade da população demonstrou atitudes
negativas sobre partidos políticos, sendo uma grande parte dessas
pessoas contrárias até a que os partidos dos quais não gostem participem
do jogo político.
De
acordo com pesquisas sobre polarização28, o eleitor mais polarizado
tende a ter uma visão distorcida tanto da realidade objetiva, que é
percebida de forma favorável ao seu grupo, quanto dos grupos rivais, que
são tidos como mais extremos do que realmente são, e de seu próprio,
que tem suas virtudes exageradas. Além de queimar pontes de diálogo e
estimular as habituais teorias da conspiração (Foro de São Paulo,
comunismo, globalismo, influência da CIA, “baronato” disso ou daquilo,
facada fake e assim por diante), isso está por trás de comportamentos
como maior credibilidade e punitivismo em relação a denúncias de
corrupção feitas contra adversários9 e tem efeitos eleitorais concretos:
em 2018, por exemplo, antipartidários—e, em particular,
antipetistas—tinham muito mais propensão a votar em Bolsonaro,
especialmente no caso de também serem intolerantes24,29.
Tomando
como base a grande quantidade de eleitores apolíticos e sem preferência
partidária20,27 e a correlação entre renda, escolarização, maior
engajamento e maior consumo de informações políticas (de qualidade ou
não), é razoável assumir que o eleitor tradicionalmente mais polarizado
seria principalmente a elite. A partir de 2018, no entanto, há indícios
de que essa polarização possa ter se espalhado para outros setores da
sociedade através de uma expansão do campo antipetista, evidenciada pelo
aumento do eleitorado que se define como direita e a conquista de
eleitores de baixa e média escolaridade—que tradicionalmente votam no
PT—por Bolsonaro26,30. Além disso, assim como no caso da propensão ao
autoritarismo, há indícios de que o eleitor mais velho tende a ser mais
polarizado—tanto à esquerda quanto à direita—, com a consequência
esperada de maior consumo e difusão de notícias falsas, maior
engajamento com sites e espaços online hiperpartidários e maior
participação em protestos e manifestações (os mais jovens, por outro
lado, costumam se informar com base na imprensa mainstream)28,31.
Toda
essa mistura de intolerância política, valores e crenças incoerentes,
alta suspeição das instituições e relativização de princípios
fundamentais abstratos para objetivos concretos naturalmente levam ao
questionamento do que o brasileiro de fato entende por democracia.
Quando perguntado diretamente sobre isso, no entanto, a maior parte do
eleitorado define democracia mais em termos de liberdades e direitos ou
procedimentos e instituições do que em termos do que a democracia produz
(p. ex., emprego, acesso a saúde e educação, serviços públicos,
igualdade de oportunidades etc.)32. Isso sugere que o brasileiro médio
possui ao menos alguma compreensão do que é a democracia, de forma que
sua manifestação de adesão a ela vá além de uma simples repetição do que
sabe ser considerada a opinião “correta”. As atitudes incoerentes, no
entanto, demonstram que tanto a compreensão quanto a adesão à democracia
se dão em umas dimensões, mas não em outras—ou seja, são parciais,
baseadas na internalização somente de alguns princípios e valores que
convivem com outros que podem ser antidemocráticos e iliberais.
Um
dos valores iliberais que caracterizam a cultura política brasileira é
seu caráter personalista, que consiste no maior peso dado pela população
a líderes específicos do que a partidos, ideias e programas de governo.
Colocando em termos mais weberianos, isso significa que, para o
brasileiro, a legitimidade da autoridade seria mais proveniente de
aspectos carismáticos do líder do que em outros fatores como legislação,
tradição ou até mesmo desempenho. Isso pode ser observado empiricamente
em dados históricos de legitimidade do índice de democracia V-Dem—exibidos
na Figura 1—, que mostram como a legitimação carismática apareceu em
governos autoritários e democráticos como os de Getúlio Vargas
(1930-1945; 1951-1954), Jânio Quadros (1961), Lula (2003-2010) e Jair
Bolsonaro (2019-).
Figura 1: Fontes de legitimidade (V-Dem, 1920-2020) |
Essa
característica personalista é coerente com as noções contraditórias de
democracia que envolvem um Executivo inflado em relação aos demais
poderes, culminando na ideia de uma democracia sem partidos e sem
Congresso. Institucionalmente, isso se traduziria em uma concepção de
democracia que envolveria líderes fortes que, uma vez eleitos, sozinhos
representariam o povo e essencialmente seriam o governo, tendo mandato
para fazer o que quiserem sem limitações de qualquer sorte, com as
demais instituições sendo potencialmente vistas como obstáculos para o
exercício do seu poder legítimo. Esse entendimento de democracia,
bastante forte na América Latina em geral, corresponde ao que o
cientista político argentino Guillermo O’Donnell chamou de democracia
delegativa, que consiste na ideia iliberal de democracia como a eleição
popular de um líder que ganha o direito de agir virtualmente como um
ditador eleito até o fim de seu mandato33. No Brasil atual, isso
significa que quando bolsonaristas vão às ruas pedindo o fechamento do
STF e o Congresso, eles realmente acreditam que estão lutando pela
democracia apesar de pedirem o fechamento das instituições que a
possibilitam.
É
interessante notar como essa noção deturpada de democracia e as demais
teses iliberais não são necessariamente incongruentes com a definição
dos brasileiros de democracia como princípios e instituições, mas têm
implicações sobre quais princípios e instituições seriam estes e que
valor se dá a eles. A aceitação de uma ditadura ou de um Executivo que
atropele os demais poderes para resolver problemas econômicos ou lutar
contra o crime a corrupção são facetas disso, mostrando como mesmo que o
brasileiro saiba que essas atitudes são antidemocráticas ou iliberais,
ele está disposto a sacrificar preceitos fundamentais em nome de
objetivos concretos. Isso demonstra, ao mesmo tempo, o baixo nível de
satisfação com o estado das coisas na política (e vida) brasileira e a
igualmente baixa internalização dos preceitos liberais e democráticos.
Ou seja, não há uma percepção de valores, princípios e direitos
fundamentais como sendo invioláveis, inalienáveis e inegociáveis.
Essa
baixa internalização de princípios liberais e democráticos pela
população e o seu potencial a relativizá-los em nome do que percebe ser
um bem maior também acaba por afetar o comportamento da elite política,
que igualmente não tem esses valores adequadamente internalizados. Isso
faz com que os membros dessa elite—que inclui não só políticos, mas
também autoridades como burocratas, integrantes do Judiciário, membros
do Ministério Público, entre outros—muitas vezes ignorem os princípios e
objetivos que fundamentam as instituições que ocupam e utilizem essas
instituições de forma instrumental para atingir seus objetivos
políticos, pessoais, corporativos e partidários sem que sejam punidos ou
cobrados por outras instituições (em um sistema de freios e contrapesos
funcional) ou pela população precariamente democrática. Muitas vezes
acontece justamente o contrário: sua corrupção das instituições pode até
ser celebrada se isso beneficiar algum grupo ou for percebido como
feito por algum bem maior (p. ex., combater a corrupção). Essa ausência
da barreira psicológica representada por uma internalização adequada dos
fundamentos democráticos leva não só a esse mau uso das instituições,
como a atitudes deletérias para a democracia, como corrupção, abuso de
poder e o que Tushnet chamou de jogo-duro constitucional, que consiste
em ações que mesmo sem ser ilegais desafiam as normas democráticas3435.
Produz, ainda, duas frequentemente citadas características da cultura
política nacional: o pragmatismo amoral da disputa do poder pelo poder
(o fisiologismo) e o tratamento do público como se fosse privado (o
patrimonialismo).
O
governo Bolsonaro e tudo o que o cerca são, obviamente, o mais recente e
claro exemplo do nosso déficit de pensamento democrático e liberal. Nem
o atual presidente, nem os políticos que se associam a ele de forma
instrumental, nem seus mais fiéis seguidores e nem aqueles que toleram,
minimizam e relativizam seus frequentes arroubos antidemocráticos e
ameaças golpistas por algum bem maior são democratas. Bolsonaro, em
particular, já demonstrou não só ter uma noção distorcida, delegativa da
democracia e primitiva de liberdade e liberalismo, como também já
provou não ter a menor compreensão do papel e importância das
instituições democráticas—e isso inclui a que ele ocupa. O déficit
democrático, no entanto, não é exclusividade da direita bolsonarista. Na
esquerda progressista—e não só na extrema esquerda—, muitos se mostram
incapazes de aceitar o pluralismo que é essencial para uma democracia.
Querem impor à sociedade como imperativo moral uma adesão total a seus
valores e preferências programáticas e o voto em seus candidatos.
Outorgam a si o monopólio da virtude e das boas intenções e não aceitam
como legítimos pensamentos destoantes, trocando diálogo e convencimento
por uma imposição agressiva. No final, ambos os lados têm uma ideia de
democracia em que não há divergências, onde existe uma única noção do
Bem e do Certo e que por isso só é aceitável o consenso absoluto. Só que
isso não é democracia.
Democracia
vai além de voto e participação. Ela é, em essência, uma forma de
mediar conflitos que permite a convivência de grupos e indivíduos com
visões de mundo radicalmente diferentes através da substituição da
violência por um conjunto de regras aceitas por todos. Só com a
subscrição total e inconteste a essas regras é possível estabelecer o
que o cientista político Robert Dahl chamou de um sistema de segurança
mútua, que consiste no estabelecimento de um mínimo de confiança entre
todos, de forma que um não veja o outro como uma ameaça existencial e
aceite pacificamente sua existência e participação no jogo político36.
Podemos discutir reformas políticas baseadas em diferentes modelos
institucionais, mas enquanto não tivermos uma população democrata—e, em
particular, uma elite democrata—dificilmente conseguiremos construir uma
democracia digna do nome.
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André
Spritzer é Doutor em Computação pela UFRGS, com estágio de
pós-doutorado no INRIA (Aviz/Paris) e na UFRGS. Pesquisou Ciência
Política e Relações Internacionais na UoL/LSE.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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