Subnotificação pode retardar identificação de sinais de risco
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Quando uma pessoa toma um medicamento, como uma vacina, e tem uma reação indesejada, essa consequência é chamada na medicina e pelas autoridades sanitárias de “eventos adversos”. Nesses casos, a orientação é comunicar o episódio à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A
notificação precisa ser feita mesmo se não houver suspeita de que o
desconforto foi provocado pelo medicamento. De acordo com a Anvisa, a
subnotificação pode retardar a identificação de sinais de risco e
subestimar a dimensão de um problema.
Segundo a gerente de
Farmacovigilância, Helaine Capucho, o monitoramento feito pela Anvisa é
importante para avaliar se a reação a um produto está aumentando e se há
problemas associados a ele. A subnotificação pode retardar a
identificação de sinais de risco e subestimar a dimensão de um
problema.
“A notificação é importante para que possamos
conhecer o perfil de benefício e risco dos produtos, porque todo produto
tem um risco na utilização. Então, precisamos [da notificação] quando o
produto está no mercado e os benefícios continua superando os riscos”,
explica Helaine.
A comunicação pode ser feita por meio do site
da Anvisa, pelo sistema Vigimed e Notivisa. Ali, há possibilidade de
relatar problemas em diversos produtos, entre eles medicamentos e
vacinas.
As notificações podem ser feitas por médicos e outros profissionais de saúde, além de farmacêuticos e usuários dos medicamentos.
A Anvisa disponibiliza também um número de telefone caso haja dificuldade para enviar a notificação pelo site: 0800 642 9782.
Queixas técnicas
Nessa página, foi criado também um canal para apresentação de queixas técnicas sobre vacinas contra a covid-19. O termo é usado para designar suspeita de alteração ou irregularidade do produto nos aspectos técnicos e legais, que podem, ou não, causar danos à saúde.
São exemplos a
alteração de cor ou de aspecto, um corpo estranho dentro do frasco da
vacina, a suspeita de contaminação por micróbios, problemas de vedação
do frasco ou de quebra da ampola ou falsificações.
Diferentemente do evento adverso, a queixa técnica é direcionada ao produto, e não a um efeito indesejado que tenha ocorrido com o paciente, além de servir como uma forma de fiscalização da qualidade das vacinas.
Fonte: Agência Brasil
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