Sempre
ouvi de estatólatras de todas as estirpes que os impostos eram
necessários para que, em situações de emergência, onde os individuos não
conseguissem se organizar para superar as adversidades, o Estado
pudesse proteger os cidadãos, especialmente os mais pobres.
Assim, todos deveríamos pagar os impostos para sustentar o SUS, por exemplo. Para que, na hora do aperto, tivéssemos garantido nosso atendimento.
Ocorre que, como todos sabem, somos obrigados a pagar pelo sistema em dia. Mas na hora do aperto, a assistência demora ou não existe.
Só na minha família os exemplos abundam: há mais de um ano, fui ao Hospital Municipal de Passo Fundo (RS) na esperança de dar pontos em um dedo cortado. Não havia linha ou cola para realizarem a sutura. Fui mandado pra casa com um esparadrapo segurando a pele no lugar até que ela colasse novamente após alguns dias.
Além desse episódio, esperei 3 anos na fila por uma cirurgia simples de ligamento do joelho.
Minha sogra, diagnosticada com um glaucoma facilmente tratável se operado rapidamente, perdeu a visão em função da demora do sistema.
No final do ano passado, quando as primeiras notícias surgiam da China, o Hospital São Vicente de Paulo, aqui em Passo Fundo, já não tinha leitos vagos. E vejam, tudo isso aconteceu MUITO ANTES de qualquer sinal de coronavírus no Brasil.
É claro que era difícil investir na saúde, quando milhões precisavam ser destinados aos antropólogos sociais, aos estudos de gênero, aos arteiros, ops, digo, artistas que fazem "cultura" tão boa que só conseguem se sustentar através de dinheiro fruto da extorsão.
Afinal, é difícil imaginar uma questão de saúde pública mais importante que cirurgias de mudança de sexo, banheiros para transexuais ou os benefícios da terapia de cores.
Assim, esqueçam hospitais de campanha, esqueçam culpa do Bolsonaro ou do Mandetta, esqueçam "ganhar tempo para não morrer gente no chão". Parece que esqueceram que MUITO ANTES DE TUDO ISSO já morria gente no chão dos hospitais do Brasil.
VAI MORRER GENTE NO CHÃO, SIM. Não há quadro técnico, superministro ou comitê de crise que supere debilidades geradas por décadas de incompetência e sem-vergonhice burocrática.
Conformem-se e deixem a esperança para outra ocasião.
E não, eu não sou parte da turminha da Vera Magalhães, que torce pelo pânico generalizado e contra o governo Bolsonaro. Eu só estou sendo realista e dizendo o que já iria acontecer com Bolsonaro, ou sem Bolsonaro. Com quarentena ou sem quarentena. Com Mandetta ou sem Mandeta. REALITY IS HARTLESS BITCH.
Dado o cenário, portanto, assim que "subirmos na vida", contratamos um plano de saúde. Entramos para o time que paga duas vezes pelo mesmo serviço, na esperança de, na hora do aperto, termos atendimento garantido. Contratamos JUST IN CASE, por assim dizer.
A hora do aperto parece estar próxima.
Então, o estado que nos prometeu assistência em troca dos impostos diz o seguinte:
“Sabe todos aqueles impostos? Então, não vai ter leito pra todo mundo. Nós tivemos que aumentar os salários do judiciário e gastamos um pouco bastante a mais em coisas ridículas que não traziam qualquer benefício real para ninguém, a não ser para os 'especialistas' que recebiam as verbas. Então o negócio é o seguinte: nós vamos precisar ocupar os leitos do hospital privado que você contratou, ok? E nós vamos ter que pegar os respiradores deles também, certo? E se a sua família quiser processar eles porque você pagou pelo serviço e morreu no chão, nós não vamos obrigar eles a indenizá-los, tá? Afinal de contas, era uma situação de crise. Eu sei que você pagou nós e eles também pra ter assistência numa hora dessas, mas quem se importa? Nós temos as armas.”
Aí você fica indignado com essa situação e resolve escrever um "textaum" reclamando do absurdo disso. Nisso, o antropólogo social, o especialista em gênero, o artista plástico e o cineasta pago pela ANCINE vem te criticar, mostrando que você não passa de um menino "rico" e "mimado" que reclama de barriga cheia enquanto muitos estão por aí passando fome nessa quarentena - a mesma quarentena que eles defenderam - e afirmando que a tomada dos meios privados pelo Estado para atender aos mais pobres é só uma questão de Justiça. A Justiça em que você é extorquido para pagar por um serviço que te disseram que iria atender aos pobres, em que você, então, se obriga a pagar novamente pelo mesmo serviço e não recebê-lo, enquanto quem não pagou por nada pode ser beneficiário de ambos.
“Você não tem vergonha, menino mimado? Quanta mesquinhez da sua parte.”
(Texto de um empresário do Rio Grande do Sul)
Assim, todos deveríamos pagar os impostos para sustentar o SUS, por exemplo. Para que, na hora do aperto, tivéssemos garantido nosso atendimento.
Ocorre que, como todos sabem, somos obrigados a pagar pelo sistema em dia. Mas na hora do aperto, a assistência demora ou não existe.
Só na minha família os exemplos abundam: há mais de um ano, fui ao Hospital Municipal de Passo Fundo (RS) na esperança de dar pontos em um dedo cortado. Não havia linha ou cola para realizarem a sutura. Fui mandado pra casa com um esparadrapo segurando a pele no lugar até que ela colasse novamente após alguns dias.
Além desse episódio, esperei 3 anos na fila por uma cirurgia simples de ligamento do joelho.
Minha sogra, diagnosticada com um glaucoma facilmente tratável se operado rapidamente, perdeu a visão em função da demora do sistema.
No final do ano passado, quando as primeiras notícias surgiam da China, o Hospital São Vicente de Paulo, aqui em Passo Fundo, já não tinha leitos vagos. E vejam, tudo isso aconteceu MUITO ANTES de qualquer sinal de coronavírus no Brasil.
É claro que era difícil investir na saúde, quando milhões precisavam ser destinados aos antropólogos sociais, aos estudos de gênero, aos arteiros, ops, digo, artistas que fazem "cultura" tão boa que só conseguem se sustentar através de dinheiro fruto da extorsão.
Afinal, é difícil imaginar uma questão de saúde pública mais importante que cirurgias de mudança de sexo, banheiros para transexuais ou os benefícios da terapia de cores.
Assim, esqueçam hospitais de campanha, esqueçam culpa do Bolsonaro ou do Mandetta, esqueçam "ganhar tempo para não morrer gente no chão". Parece que esqueceram que MUITO ANTES DE TUDO ISSO já morria gente no chão dos hospitais do Brasil.
VAI MORRER GENTE NO CHÃO, SIM. Não há quadro técnico, superministro ou comitê de crise que supere debilidades geradas por décadas de incompetência e sem-vergonhice burocrática.
Conformem-se e deixem a esperança para outra ocasião.
E não, eu não sou parte da turminha da Vera Magalhães, que torce pelo pânico generalizado e contra o governo Bolsonaro. Eu só estou sendo realista e dizendo o que já iria acontecer com Bolsonaro, ou sem Bolsonaro. Com quarentena ou sem quarentena. Com Mandetta ou sem Mandeta. REALITY IS HARTLESS BITCH.
Dado o cenário, portanto, assim que "subirmos na vida", contratamos um plano de saúde. Entramos para o time que paga duas vezes pelo mesmo serviço, na esperança de, na hora do aperto, termos atendimento garantido. Contratamos JUST IN CASE, por assim dizer.
A hora do aperto parece estar próxima.
Então, o estado que nos prometeu assistência em troca dos impostos diz o seguinte:
“Sabe todos aqueles impostos? Então, não vai ter leito pra todo mundo. Nós tivemos que aumentar os salários do judiciário e gastamos um pouco bastante a mais em coisas ridículas que não traziam qualquer benefício real para ninguém, a não ser para os 'especialistas' que recebiam as verbas. Então o negócio é o seguinte: nós vamos precisar ocupar os leitos do hospital privado que você contratou, ok? E nós vamos ter que pegar os respiradores deles também, certo? E se a sua família quiser processar eles porque você pagou pelo serviço e morreu no chão, nós não vamos obrigar eles a indenizá-los, tá? Afinal de contas, era uma situação de crise. Eu sei que você pagou nós e eles também pra ter assistência numa hora dessas, mas quem se importa? Nós temos as armas.”
Aí você fica indignado com essa situação e resolve escrever um "textaum" reclamando do absurdo disso. Nisso, o antropólogo social, o especialista em gênero, o artista plástico e o cineasta pago pela ANCINE vem te criticar, mostrando que você não passa de um menino "rico" e "mimado" que reclama de barriga cheia enquanto muitos estão por aí passando fome nessa quarentena - a mesma quarentena que eles defenderam - e afirmando que a tomada dos meios privados pelo Estado para atender aos mais pobres é só uma questão de Justiça. A Justiça em que você é extorquido para pagar por um serviço que te disseram que iria atender aos pobres, em que você, então, se obriga a pagar novamente pelo mesmo serviço e não recebê-lo, enquanto quem não pagou por nada pode ser beneficiário de ambos.
“Você não tem vergonha, menino mimado? Quanta mesquinhez da sua parte.”
(Texto de um empresário do Rio Grande do Sul)
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