Contudo, os demais medicamentos terão seu aumento mantido para esta quarta-feira (01)
Foto: Reprodução
Por: Poliana Antunes
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o aumento anual no preço dos medicamentos continua em vigor. No entanto, os remédios e itens ligados ao tratamento do Covid-19 terão seus reajustes adiados, de acordo com informações da Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED). Contudo, os demais medicamentos terão seu aumento mantido para esta quarta-feira (01).
O secretário da ciência, tecnologia e insumos estratégicos, Denizar Vianna, disse que estamos em um momento delicado. “Os insumos para a produção de medicamentos são comprados em dólares e houve um aumento importante no preço da moeda americana. Além disso, há uma escassez da oferta mundial de insumos na área de farmacoquímica e temos a preocupação de não gerar o desabastecimento. Então o reajuste acontecerá, mas os itens relacionados ao COVID-19 terão seu aumento postergado”, pondera o secretário.
Portanto, o reajuste de preços nos medicamentos para 2020 já tem uma previsão. A secretaria executiva da CMED determinou, que considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre março de 2019 e fevereiro de 2020 alcançou 3,93, dessa forma, os cálculos preliminares do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) concluíram que, no nível 1, o reajuste deve atingir 5,13%; no nível 2, 4,14% e; no nível, 3,15%.
Desse modo, segundo o Sindusfarma, o reajuste de preços de 2020 voltará a apresentar três diferentes níveis de reajuste. O índice de aumento não é fixo, variando de produto para produto. Diferentemente do reajuste linear autorizado em 2019.
A farmacêutica Milena Alencar conta que, as vendas aumentaram bastante durante o mês de março. “Devido a situação da pandemia do novo coronavírus, o movimento na farmácia onde trabalho cresceu uns 20%. Temos conseguido alcançar a meta semanal, por conta das vendas de medicamentos direcionados para melhorar a imunidade, vitaminas e antitérmicos”.
Milena ressalta que, a maioria dos clientes estão estocando remédios em casa. “Percebemos que as pessoas estão comprando em quantidades maiores cada medicamento. Existe a preocupação em não ficar saindo de casa, devido o isolamento social. Mas também, acho que as pessoas já estão se preparado para quando o vírus chegar nas suas casas”, frisa a farmacêutica.
Em relação aos reajustes nos preços, Milena acha que não será o motivo de queda nas vendas. “Acredito que as vendas devem continuar normalmente. As pessoas não economizam com a saúde. As veze deixamos de ir ao cinema ou de comprar uma roupa nova, mas ninguém deixa de comprar remédios quando precisa”, declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário