O
advogado e major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal
(PMDF), Jorge Antônio de Oliveira Francisco, é o novo ministro da
Justiça. A informação foi confirmada com exclusividade pela CNN Brasil,
na manhã deste domingo (26). Segundo a analista de política Basília
Rodrigues, da CNN, fontes do Planalto revelam que se fez valer a vontade
do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na nomeação do substituto de
Moro. Concluiu o ensino médio no Colégio Militar de Brasília, em 1992, e
ingressou na Polícia Militar do Distrito Federal em 1993 e chegou ao
posto de major, passando para a reserva em 2013, quando iniciou a
atuação como advogado. Trabalhou de 2003 a 2018 no Congresso Nacional.
Foi assessor parlamentar da Polícia Militar do Distrito Federal,
assessor jurídico de Jair Bolsonaro quando era deputado federal, e
também assessor jurídico e chefe de gabinete do deputado federal Eduardo
Bolsonaro. Por conta disso, Jorge é próximo da família Bolsonaro, com
quem trabalha há mais de 15 anos. Em 1º de janeiro de 2019, assumiu a
subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da
República no governo Bolsonaro. Depois, em 21 de junho de 2019, foi
nomeado pelo presidente como ministro-chefe da Secretaria Geral da
Presidência da República — substituindo o general de divisão do Exército
Brasileiro, Floriano Peixoto Vieira Neto, que deixou o cargo para
assumir a presidência dos Correios.
Já
o novo chefe da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, que passou o
réveillon com Carlos Bolsonaro, o filho de Jair Bolsonaro que comanda o
"gabinete do ódio", estrutura paralela ao governo que dissemina
mentiras, discursos de ódio e ataques às instituições. Isso significa
que, em vez de investigar, Ramagem poderá proteger Carlos Bolsonaro, que
foi identificado como chefe do esquema de fake news. A revelação foi
feita pelo deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ). A Polícia Federal
identificou o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, como
um dos articuladores da esquema criminoso de disseminação de fake news e
ataques a autoridades, no inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). Segundo o jornalista Leandro Colon, da Folha de S. Paulo,
dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro pressionou o
ex-diretor da PF Mauricio Valeixo, homem de confiança do ex-ministro
Sérgio Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao
seu filho. "Carlos é investigado sob a suspeita de ser um dos líderes de
grupo que monta notícias falsas e age para intimidar e ameaçar
autoridades públicas na internet. A PF também investiga a participação
de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP", afirma
Colon. Revelação foi feita pelo deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), que
entrou com ação para impedir que Alexandre Ramagem seja confirmado como
novo diretor-geral da PF
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