A verdade é que muita gente, e não só Bolsonaro, acha hoje em dia que
ele é de fato um energúmeno, ou coisa muito parecida, escreve J. R. Guzzo.
De minha parte, considero Paulo Freire um dos destruidores do ensino no
Brasil e em alguns países africanos, pois reduziu o campo da educação a
mera ideologia esquerdista:
Paulo Freire, criador do “método” de alfabetização que leva o seu
nome – e que foi transformado pela esquerda nacional e mundial, ao longo
dos últimos 50 anos, em algo tão importante quanto a invenção da
escrita – foi chamado de “energúmeno” pelo presidente Jair Bolsonaro
(sem partido).
Até aí, nenhuma novidade. O surpreendente desta vez é que não houve o
escândalo que geralmente se arma quando o presidente dá de falar essas
coisas. De duas uma, então: ou os adversários já estão ficando cansados
de bater boca com o presidente, ou Freire, um dos maiores petistas de
“raiz” jamais criados no Brasil, não está com essa bola toda. Quer
dizer: chamam o homem de energúmeno e fica por isso mesmo.
A verdade é que muita gente, e não só Bolsonaro, acha hoje em dia que
ele é de fato um energúmeno, ou coisa muito parecida. Morto em 1997,
Freire ganhou fama em todo mundo – tem até uma estátua junto com Mao Tse-tung
na Suécia, sem contar uma penca de prêmios de tudo, títulos de tudo, um
caso clássico de figura que virou celebridade por ser esquerdista.
Seu “método” é uma paçoca ideológica segundo a qual as necessidades
de aprender a ler e a escrever devem estar subordinadas ao “uso
político” do conhecimento. Em vez de utilizar a cartilha para
alfabetizar as pessoas, como em geral ocorre no resto do planeta, o
“método Paulo Freire” manda professores e alunos fazerem uma
“investigação conjunta” do que deve ser aprendido, e selecionam as
“palavras-chave” que devem ser ensinadas.
Você imagina que palavras são essas: “povo, exploração” “oprimido”,
“pobreza”, “fome”, etc. O objetivo, em resumo, é fazer uma “uma análise
crítica da situação social”. A característica principal do método é a
seguinte: jamais foi adotado em nenhum país do mundo onde educação é
tratada a sério. Segundo os seus crentes, parece que houve aplausos
quando o sistema foi aplicado no “movimento de reforma agrária do
Chile”, ou na Guiné Bissau, ou em Moçambique – esse tipo de coisa.
É pouco provável que o “método Paulo Freire” possa ser ressuscitado
no Brasil. Não há clima, digamos assim. No mesmo momento em que chamava
Freire de “energúmeno”, o presidente mandou não renovar o contrato (de
R$ 350 milhões, sem prazo) entre o Ministério da Educação e a Fundação Roquette Pinto. Bom sinal.
A Fundação, até agora, vinha produzindo “programas educacionais” para
a TV Escola, do MEC – na verdade, fazia programação política de
esquerda com dinheiro público. É mais uma a menos.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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