Pedro do Coutto
Reportagem de Ana Carolina Amaral, na Folha de São Paulo de segunda-feira, revela com detalhes a posição brasileira na reunião sobre o clima, convocada pela ONU. A reunião foi em Madri e terminou domingo. O Ministro Ricardo Salles defendeu a posição brasileira e com isso surpreendeu a maioria do encontro porque votou contra os efeitos das mudanças climáticas provocadas pela poluição.
A decisão espantou a maioria dos integrantes porque, penso eu, nosso país possui a maior floresta do mundo e portanto sua preocupação com o clima e com desmatamento deveria ser tão intensa quanto prioritária no espaço das decisões políticas.
ATRÁS DE DINHEIRO – O Ministro Ricardo Salles havia declarado a imprensa que seu objetivo na Conferência seria angariar recursos para o país. Esses recursos na sua visão deveriam partir dos países mais comprometidos com o tema ecológico englobando o verde das matas.
Algumas empresas multinacionais, como a Telefônica, Santander e a Shell participaram do encontro, mas anunciaram que não participariam da proposta brasileira.
NADA DE CONCRETO – O mercado internacional, por seu turno propôs a redução da emissão de gases estufa sugerindo o crédito de carbono como forma de enfatizar as políticas ecológicas. E o Brasil foi acusado de haver condicionado sua adesão à captação de recursos para acelerar a percepção do problema no mundo.
Com isso a Reunião do Clima terminou não apresentando nada de concreto. Mas como teoria não resolve os problemas, perdeu-se uma oportunidade para o país dar um passo à frente na matéria e em consequência poder definir qual a sua verdadeira visão da ecologia.
OUTRO ASSUNTO – Reportagem de Paula Sperb, também na Folha de São Paulo, destaca a descoberta de um acervo histórico importante sobre a presença do integralismo no Brasil, na década de 30, braço nacional do nazifascismo. O arquivo encontra-se na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e é considerado o maior existente na América Latina.
A repórter chama atenção sobre o fato de o slogan “Deus, Pátria e Família”, do Integralismo de Plínio Salgado estar servindo de base para a criação do projeto Aliança Pelo Brasil apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro para criar sua nova legenda.
Recordo do “Terrorismo em Campo Verde”. Este é o título do livro do historiador Hélio Silva a respeito do ataque integralista ao Palácio Guanabara em maio de 1938, para matar o presidente Getúlio Vargas, que havia decretado o Estado Novo em novembro de 37. O atentado falhou e Plínio Salgado conseguiu chegar a um navio português na Baia de Guanabara, partindo assim para o exílio na Europa. O governo de Portugal, então com Salazar, deu-lhe asilo.
Plínio Salgado havia instituído a camisa verde, o sigma no braço e o gesto de anauê. Como se constata, inspirado na camisa negra dos nazistas, na suástica e no gesto de saudação usado para Hitler.
Reportagem de Ana Carolina Amaral, na Folha de São Paulo de segunda-feira, revela com detalhes a posição brasileira na reunião sobre o clima, convocada pela ONU. A reunião foi em Madri e terminou domingo. O Ministro Ricardo Salles defendeu a posição brasileira e com isso surpreendeu a maioria do encontro porque votou contra os efeitos das mudanças climáticas provocadas pela poluição.
A decisão espantou a maioria dos integrantes porque, penso eu, nosso país possui a maior floresta do mundo e portanto sua preocupação com o clima e com desmatamento deveria ser tão intensa quanto prioritária no espaço das decisões políticas.
ATRÁS DE DINHEIRO – O Ministro Ricardo Salles havia declarado a imprensa que seu objetivo na Conferência seria angariar recursos para o país. Esses recursos na sua visão deveriam partir dos países mais comprometidos com o tema ecológico englobando o verde das matas.
Algumas empresas multinacionais, como a Telefônica, Santander e a Shell participaram do encontro, mas anunciaram que não participariam da proposta brasileira.
NADA DE CONCRETO – O mercado internacional, por seu turno propôs a redução da emissão de gases estufa sugerindo o crédito de carbono como forma de enfatizar as políticas ecológicas. E o Brasil foi acusado de haver condicionado sua adesão à captação de recursos para acelerar a percepção do problema no mundo.
Com isso a Reunião do Clima terminou não apresentando nada de concreto. Mas como teoria não resolve os problemas, perdeu-se uma oportunidade para o país dar um passo à frente na matéria e em consequência poder definir qual a sua verdadeira visão da ecologia.
OUTRO ASSUNTO – Reportagem de Paula Sperb, também na Folha de São Paulo, destaca a descoberta de um acervo histórico importante sobre a presença do integralismo no Brasil, na década de 30, braço nacional do nazifascismo. O arquivo encontra-se na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e é considerado o maior existente na América Latina.
A repórter chama atenção sobre o fato de o slogan “Deus, Pátria e Família”, do Integralismo de Plínio Salgado estar servindo de base para a criação do projeto Aliança Pelo Brasil apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro para criar sua nova legenda.
Recordo do “Terrorismo em Campo Verde”. Este é o título do livro do historiador Hélio Silva a respeito do ataque integralista ao Palácio Guanabara em maio de 1938, para matar o presidente Getúlio Vargas, que havia decretado o Estado Novo em novembro de 37. O atentado falhou e Plínio Salgado conseguiu chegar a um navio português na Baia de Guanabara, partindo assim para o exílio na Europa. O governo de Portugal, então com Salazar, deu-lhe asilo.
Plínio Salgado havia instituído a camisa verde, o sigma no braço e o gesto de anauê. Como se constata, inspirado na camisa negra dos nazistas, na suástica e no gesto de saudação usado para Hitler.
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