POLITICA LIVRE
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais informou hoje (1º)
que não há como prever uma data de encerramento das buscas por vítimas
na região de Brumadinho (MG), onde a barragem da Mina Córrego do Feijão,
da mineradora Vale, se rompeu, no dia 25 de janeiro. “A gente ainda tem
que fazer um planejamento, de vários dias. A perspectiva é que, ao
longo do tempo, com a lama se estabilizando, a gente vá mudando as
técnicas operacionais e, a partir daí, a gente tenha um panorama. Hoje, é
impossível cravar uma data final das operações. Infelizmente, não”,
afirmou em coletiva de imprensa o chefe da equipe, coronel Erlon Dias do
Nascimento Botelho. De acordo com o porta-voz da corporação, tenente
Pedro Aihara, as equipes dividiram a área vasculhada em 45 quadrantes
para facilitar a distribuição de tarefas. O militar explicou que têm
chegado às mãos da organização vídeos que não têm relação com o desastre
mas que são divulgados como se registrassem resgates de vítimas da
ocorrência, o que tem atrapalhado a orientação dos trabalhos. “Muitos
vídeos veiculados são fake news, notícia falsa. Episódios que
aconteceram em outros países e situações de salvamento que também são
veiculados de maneira maliciosa. Isso acaba se tornando uma grande
crueldade com os familiares das vítimas, gerando uma expectativa, uma
angústia maior ainda”, disse. Ao todo, em oito dias de buscas, foram
localizados 110 mortos, dos quais 71 foram identificadas por exames
realizados pela Polícia Civil. Além disso, 238 pessoas permanecem
desaparecidas e seis pessoas foram hospitalizadas. Das pessoas
resgatadas, 108 estão desabrigadas.
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