POLITICA LIVRE
Foto: Ricardo Almeida/ANPr
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB)
O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná
(Sinpef/PR) afirmou, nesta sexta-feira, 1, ‘lamentar’ a decisão do
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de
Noronha, que determinou a soltura do ex-governador do Paraná Beto Richa
(PSDB). O tucano foi preso pela segunda vez na sexta-feira, 25, na 58ª
fase da Operação Lava Jato, por suposta participação em esquema de
fraude na gestão das concessões rodoviárias federais do estado. Esta é a
segunda vez que Richa é solto. Ele chegou a ser encarcerado em setembro
de 2018, em meio à Operação Radiopatrulha, que mirava supostos desvios
em programa para a recuperação de estradas rurais do estado. Poucos dias
depois, no mesmo mês, foi solto por ordem do ministro Gilmar Mendes.
Para Noronha, a prisão de Beto Richa era precipitada e motivada por
fatos praticados há mais de sete anos.“Além disso, a realidade é outra,
houve renúncia ao cargo eletivo, submissão a novo pleito eleitoral e
derrota nas eleições. Ou seja, o que poderia justificar a manutenção da
ordem pública – fatos recentes e poder de dissuasão – não se faz,
efetivamente, presente”, disse o presidente do STJ. “Os policiais
federais receberam a notícia com indignação, especialmente pela
concessão adicional de salvo conduto em favor de Richa. Na avaliação dos
policiais federais, além da clara possibilidade de o ex-governador
exercer influência sobre as investigações, a medida revela o descompasso
entre os profissionais de segurança pública e o Judiciário no combate à
corrupção. O sentimento é de desmotivação”, afirma o Sindpef. O
ex-governador do Paraná deixou por voltas das 10 horas desta
sexta-feira, 1, o Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arreadores de
Curitiba. Beto Richa deixou o governo do Paraná em abril do ano passado
para disputar o Senado, mas não foi eleito.
Estadão
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