Pedra fundamental do Memorial Minas de Esperança foi lançada ontem
Todos os dias, às 12h28, cinco sinos irão tocar em
Brumadinho, na Grande BH, para lembrar as pessoas que perderam a vida
após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em 25 de janeiro. As
peças sacras irão compor o Memorial Minas de Esperança, a ser
construído pela Arquidiocese no município.
Com cerca de 20 metros de altura, na base da estrutura estarão os nomes de todas as vítimas. Até o momento, são 179 mortes. Os sinos devem ficar prontos em outubro. O projeto arquitetônico foi apresentado à comunidade em missa celebrada ontem pelo arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo.
“Essa dor não pode ser esquecida, precisa se transformar, todos os dias, na lembrança. Não como martírio, mas como experiência de aprender que a vida é um dom precioso”, disse o religioso, que também fez o lançamento da pedra fundamental do memorial.
Mais cedo, de mãos dadas e clamando por justiça, cerca de 30 pessoas protestaram na entrada da cidade. Os manifestantes oraram e cobraram explicações sobre a tragédia. Dentre eles, estava o motorista Francisco Adalberto Silva, de 54 anos, que perdeu um sobrinho. “Foi crime. A Vale sabia do risco e não teve atitude de ao menos colocar as vidas em primeiro lugar”.
Balanço
Em coletiva sobre um mês de trabalho em Brumadinho, a Defesa Civil Estadual informou que, além de mais dois corpos terem sido identificados, 131 pessoas ainda estão desaparecidas. Os desabrigados são 185.
Diretor de Resposta a Desastres do órgão, o capitão Júnior Silvano disse que, na semana passada, foi encaminhado à Secretaria Nacional de Defesa Civil o pedido para decretar situação de calamidade pública no município. A condição é critério para que a Caixa Econômica Federal libere o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aos atingidos.
Também foi anunciado um acesso provisório para cerca de 40 comunidades afetadas pelo mar de lama. A estrada será entregue nos próximos dias e vai substituir, temporariamente, uma ponte que seria inaugurada em 1º de março.
Buscas
Já o Corpo de Bombeiros garantiu não haver previsão para encerrar as buscas. O término dos trabalhos, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação, só deve ocorrer com a localização de todos os corpos ou se as partes dos cadáveres estiverem com alto nível de decomposição. “Enquanto não atingir esse patamar, continuaremos aqui”, disse.
O militar frisou que, em Mariana, com o rompimento da Barragem de Fundão, em 2015, foi possível identificar todas as vítimas.
Com cerca de 20 metros de altura, na base da estrutura estarão os nomes de todas as vítimas. Até o momento, são 179 mortes. Os sinos devem ficar prontos em outubro. O projeto arquitetônico foi apresentado à comunidade em missa celebrada ontem pelo arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo.
“Essa dor não pode ser esquecida, precisa se transformar, todos os dias, na lembrança. Não como martírio, mas como experiência de aprender que a vida é um dom precioso”, disse o religioso, que também fez o lançamento da pedra fundamental do memorial.
Mais cedo, de mãos dadas e clamando por justiça, cerca de 30 pessoas protestaram na entrada da cidade. Os manifestantes oraram e cobraram explicações sobre a tragédia. Dentre eles, estava o motorista Francisco Adalberto Silva, de 54 anos, que perdeu um sobrinho. “Foi crime. A Vale sabia do risco e não teve atitude de ao menos colocar as vidas em primeiro lugar”.
Balanço
Em coletiva sobre um mês de trabalho em Brumadinho, a Defesa Civil Estadual informou que, além de mais dois corpos terem sido identificados, 131 pessoas ainda estão desaparecidas. Os desabrigados são 185.
Diretor de Resposta a Desastres do órgão, o capitão Júnior Silvano disse que, na semana passada, foi encaminhado à Secretaria Nacional de Defesa Civil o pedido para decretar situação de calamidade pública no município. A condição é critério para que a Caixa Econômica Federal libere o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aos atingidos.
Também foi anunciado um acesso provisório para cerca de 40 comunidades afetadas pelo mar de lama. A estrada será entregue nos próximos dias e vai substituir, temporariamente, uma ponte que seria inaugurada em 1º de março.
Buscas
Já o Corpo de Bombeiros garantiu não haver previsão para encerrar as buscas. O término dos trabalhos, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação, só deve ocorrer com a localização de todos os corpos ou se as partes dos cadáveres estiverem com alto nível de decomposição. “Enquanto não atingir esse patamar, continuaremos aqui”, disse.
O militar frisou que, em Mariana, com o rompimento da Barragem de Fundão, em 2015, foi possível identificar todas as vítimas.
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