Ministério diz que jornalista foi treinado pelo Partido Comunista Soviético

MEC divulgou nota após a publicação de uma reportagem sobre uma lista de “programas proibidos" que começou a circular entre profissionais da TV Ines

Redação

BAHIA.BA

Reprodução/Facebook

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) acusou o jornalista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, de “ser treinado em marxismo e leninismo” pelo Partido Comunista Soviético, após a publicação de uma reportagem sobre uma lista de “programas proibidos” que começou a circular entre profissionais da TV Ines, vinculada ao Instituto Nacional de Educação de Surdos.
O conteúdo da TV Ines, que exibe programação para a população surda na internet e é mantida com verba do MEC, é produzido pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, a mesma que produz a TV Escola.
Ainda na nota, o MEC disse que o titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, se recusa a “adotar métodos de manipulação da informação, desaparecimento de pessoas e de objetos que eram próprios de organizações como a KGB”, o serviço secreto da antiga União Soviética.
Segundo a coluna de Góis, a lista mencionava programas que deveriam ser retirados do site por abordarem autores “de esquerda”, “socialistas”, de conteúdo “relacionado à ditadura militar” e que de tivessem um olhar crítico à religião.
Entre as biografias retiradas do ar, estão as dos filósofos e acadêmicos Antônio Gramsci, Walter Benjamin, Karl Marx, Emile Durkheim, Friederich Nieztsche e Jean Jacques Rousseau.
Filmes e documentários sobre o período da ditadura militar — como “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues e “Uma longa viagem”, de Lúcia Murat — também aparecem na lista censora.