MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Bolsonaro deve ter relação harmoniosa com o Congresso, apostam analistas



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Reeleição de Rodrigo Maia foi muito positiva para o Planalto
Rodolfo Costa
Correio Braziliense

O governo federal terá uma postura de muito diálogo e respeito com o Congresso. É a promessa da articulação política comandada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Analistas apostam que a política de boa vizinhança contribuirá para ter o Congresso em mãos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mantiver a popularidade em alta. Os novos parlamentares não ficarão submissos aos mandos e desmandos do Executivo federal, mas, com exceção da oposição, deverão apresentar sinergia de ideias com a agenda governista, sobretudo a econômica.
Mas nem todos os correligionários de Bolsonaro prometem apoio incondicional. Dentro do partido, há parlamentares com experiência na vida pública que alertam para pautas econômicas que possam causar prejuízos a determinadas carreiras do funcionalismo.
PAUTAS EM COMUM – De uma forma geral, parlamentares sinalizam uma postura de independência. Porém, na Câmara, deve contar com apoio de pelo menos 222 deputados eleitos defendendo pautas em comum com Bolsonaro, calcula a Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical.
A linha ideológica e a afinidade dos parlamentares empossados com o presidente indicam uma tendência de o governo ter o Congresso em mãos. A lua de mel, no entanto, pode sofrer revés, a depender de novidades comprometedoras à imagem da família do presidente, como nas suspeitas envolvendo o motorista Fabrício Queiroz e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), avalia o coordenador legislativo Enrico Ribeiro, da Queiroz Assessoria.
ARTICULAÇÃO – Desgastes em pautas secundárias também podem jogar contra a relação com o Congresso. Para Enrico, há uma afinidade maior envolvendo a agenda econômica do que a conservadora. “O governo precisa criar uma articulação que priorize os pontos comuns e evite desgastes com pautas sensíveis, como Brumadinho (MG). Se deixar polêmicas correrem soltas, pode perder o Congresso”, ponderou.
A primeira semana de atividade com o novo Congresso será importante para traçar as pautas prioritárias. No governo e no Parlamento, há quem compartilhe da avaliação de tocar pautas relacionadas aos costumes e à moral para medir o tamanho da base. Entretanto, há um temor de que essas primeiras votações imponham mais dificuldades do que a agenda econômica.
O governo avalia que a manutenção da popularidade passa, inevitavelmente, pela economia. A articulação política e a equipe econômica sabem que a aprovação de projetos pode não gerar efeito imediato, mas há ganhos políticos, por meio de um apoio maior de parlamentares.
BARGANHA – Diz o cientista político Paulo Kramer, que atuou como consultor voluntário no período de transição do governo. “A barganha com o Congresso se mantém enquanto o presidente mantiver a popularidade alta. E isso está associado à economia, que precisará ser fortalecido”, ponderou.
A articulação política será bem alinhada para evitar quaisquer surpresas antes mesmo das votações. Sejam pautas conservadoras ou econômicas, a Casa Civil vai dialogar diuturnamente com os parlamentares. A meta é atender a lideranças sem que precisem sair do Congresso, explica o secretário Especial para a Câmara da pasta, Carlos Manato, ex-deputado.
“Eu mesmo estarei no Congresso toda terça e quarta-feira. Vamos tratar o Congresso com muito diálogo, cordialidade e atenção para construir uma relação sólida”, destacou.
BOA RELAÇÃO – A vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara é bem-avaliada pelo secretário, que admite ter boa relação com o parlamentar. Para Manato, o sucesso do deputado favorece o diálogo para a votação de pautas de interesse do governo. O vice-presidente Hamilton Mourão também mostrou confiança ontem com a perspectiva de vitória.
“O Rodrigo é um cara experiente, comprometido com as reformas”, avaliou.

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