O Hyundai Tucson de primeira geração foi o sonho de consumo dos brasileiros emergentes na segunda metade dos anos 2000 e manteve-se cobiçado há até pouco tempo. Hoje o jipinho sul-coreano existe praticamente só no catálogo, já que anda sumido das revendas. Mesmo assim figura no portfólio da Caoa (grupo licenciado para fabricar o jipinho) ao preço sugerido de R$ 75 mil.
O Tucson chegou ao mercado, importado da Coreia do Sul, na década passada. Não demorou para o modelo cair nas graças do consumidor brasileiro que tinha apenas o Ford EcoSport (de primeira geração) como opção de utilitário-esportivo (SUV) compacto.
Oferecido com motores 2.0 e até mesmo um V6 2.7, com opções de caixas manual e automática, era capaz de entregar o status de quem almejava um utilitário, mas não poderia pagar por modelos europeus e japoneses, de maior porte e bem mais caros.
Um dos trunfos do Tucson é o bom pacote de conteúdo: há 10 anos fazia dele um opção quase unânime. Hoje, oferta um pacote trivial, que pode ser encontrado em modelos populares, como ar-condicionado digital, bancos revestidos em couro, trio elétrico (retrovisores, vidros e travas elétricas), sistema multimídia (USB, CD, DVD, Bluetooth e navegador GPS), rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina.
Opção
Para quem anda em busca de um jipinho com transmissão automática, mas não pode pagar o preço de um modelo novo, o Tucson pode figurar como uma boa opção. Segundo a Fipe, o SUV asiático tem preços que variam de R$ 24 mil a R$ 68 mil, dependendo do ano de fabricação, motor e caixa.
Uma sugestão para quem quer investir soma na casa dos R$ 50 mil é a versão 2.0 automática, ano 2015. De acordo com a Fipe, sua avaliação no mercado é de R$ 51 mil. No varejo de usados unidades com essas características são ofertadas por valores que variam de R$ 47 mil a R$ 55 mil.
Observações
Proprietários do jipinho elogiam seu bom espaço interno, volume de bagagem e a boa lista de equipamentos inclusos. Por outro lado, muitos consumidores reclamam do consumo, que consideram elevado, na casa dos 7 km/l na cidade, quando abastecido com gasolina.
O grande vilão do consumo é seu conjunto mecânico ultrapassado, que combina motor 2.0 de 146 cv a uma pouco eficiente caixa automática de quatro marchas.
Outro senão do jipinho é a baixa qualidade da montagem, com encaixes de peças de acabamento imprecisas e falhas de isolamento acústico. Tudo isso eleva o nível de ruído interno. Mas usado sem rangido, não é usado.