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Davidson Magalhães negou haver condicionante para indicar suplência de Coronel, mas não refutou a insatisfação do partido
Descontentes com o tratamento na participação da chapa do
governador Rui Costa (PT), o PCdoB resolveu pressionar para conquistar
uma das duas suplências ao Senado. Os comunistas querem indicar o
suplente do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), porque acreditam
que há mais chance de o “reserva” do petista entrar em campo. Isto
porque há apostas de que, se um candidato a presidente da República do
grupo político vencer a eleição, Wagner pode virar ministro e o suplente
assumir o mandato na Câmara Alta do Congresso Nacional. A prioridade
para ficar com a suplência do ex-chefe do Palácio de Ondina, no entanto,
é do PSB, já que a senadora Lídice da Mata ficará de fora da
majoritária. Neste cenário, especula-se que o indicado do partido será o
deputado federal Bebeto Galvão. Ontem, surgiram rumores de que o PCdoB
aceitaria sugerir um suplente para o segundo nome da composição que deve
disputar o Senado, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia
(AL-BA), Ângelo Coronel (PSD). Os comunistas, porém, teriam colocado uma
condicionante: só vão indicar se houver um acordo para que o substituto
assuma parte do mandato. Se for eleito, o chefe da Alba terá direito a
ficar oito anos na Casa Alta. Presidente do PCdoB, Davidson Magalhães
negou haver condicionante, mas não refutou a insatisfação do partido.
“Nós queremos é ouvir o governador Rui Costa, que é o comandante deste
processo. O PCdoB não vai trabalhar sob hipótese e não vamos dialogar a
posição do partido pela imprensa”, disse. Para demonstrar a insatisfação
com o mandatário do Executivo estadual, os comunistas decidiram não
participar da confraternização de São João, que reuniu a base
governista, no Palácio de Ondina na última segunda-feira. Publicamente, o
governador minimizou o ato dos membros do PCdoB. Nos bastidores, o
comentário é de que o petista, na verdade, não gostou nada e achou uma
“descortesia” dos dirigentes da agremiação. “Nem todo mundo gosta de
forró, o que eu posso fazer?”, brincou, em tom de ironia de Rui Costa.
Davidson Magalhães rebateu e disse que ama o estilo musical. “Para
evitar constrangimento, gostaria de dizer que eu vou todos os anos para
Ibicuí, um dos melhores forrós da Bahia. Também não temos nada contra a
suplência de Angelo Coronel e do PSD. O problema é uma questão de
método, de forma como se discute e pactua politicamente as coisas. A
nossa irritação foi exatamente nesse sentido”, pontuou.
Tribuna da Bahia
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