Decisão de Fachin inclui Temer em um inquérito que investiga o repasse de R$ 10 milhões ao PMDB
Tribuna da Bahia, Salvador
03/03/2018 08:34 | Atualizado há 10 horas e 46 minutos
03/03/2018 08:34 | Atualizado há 10 horas e 46 minutos
Foto: SAMUEL BARBOSA
Causou forte preocupação no Planalto a decisão do ministro do STF, Luiz Edson Fachin, de incluir o presidente Michel Temer em um inquérito que investiga o repasse de R$ 10 milhões ao PMDB em 2014. "Agora, o presidente Temer está com a faca no pescoço permanentemente", disse ao blog um auxiliar direto de Temer. O núcleo do governo avaliava que o assunto ficaria arquivado até o fim do mandato do presidente. Agora, há o reconhecimento no Planalto de que o inquérito tem potencial para causar grande desgaste na imagem do governo nos próximos meses, justamente no momento em que Temer tenta emplacar a agenda positiva da segurança pública.
Ao blog, um auxiliar de Temer desabafou e disse que, na avaliação dele, a procuradora-geral, Raquel Dodge, que fez o pedido a Fachin, está sendo "mais realista que o rei", numa referência ao antecessor dela, Rodrigo Janot, que tinha o entendimento de que presidente da República não pode ser investigado por fatos anteriores ao mandato. O governo não esperava o pedido de Raquel Dodge. A percepção interna é que ela quer demonstrar independência e evitar o carimbo de que foi indicada para o cargo por Temer para blindá-lo. Por Gerson Camarotti/G1
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