Basta de chorumela
politicamente correta: o cidadão deve ter o direito de se defender com
arma de fogo, diante de bandidos armados até os dentes. Arma de fogo não
pode ser privilégio de criminosos, que não se submetem à lei, feita
apenas para desarmar cidadãos sem segurança, tornando-os reféns de
facínoras. É necessário rever a legislação do desarmamento. Leiam, a
propósito, o artigo do empresário Roberto Rachevsky, publicado no Instituto Liberal sob o título "Por que não podemos mais aceitar a autodefesa?":
Autodefesa é o modo
politicamente correto de tentar escapar com vida de uma situação de
perigo. Isso não é para heróis que saem de casa para ganhar a vida
produzindo o bem estar para os outros correndo todos os riscos que o
mercado e principalmente o governo propiciam.
Sair correndo é
autodefesa, se enfiar embaixo da cama é autodefesa, se esconder dentro
do armário é autodefesa, ficar de dedos cruzados atrás de um vidro
blindado, sentado sobre um banco de couro, ouvindo Puccini, enquanto um
desvairado bate o cano da arma na sua janela e move a boca esboçando
gritos inaudíveis como se cantasse aquela versão inédita de La Bohème
que sai dos 16 alto-falantes Bose do seu Porsche, Jaguar ou BMW, isso é
autodefesa.
Ninguém está proibido
de praticar a autodefesa. Autodefesa é para os fracos, os submissos, os
servos obedientes de leis castradoras feitas por gente macilenta. Nós,
os verdadeiros heróis do cotidiano, que temos que assistir e vivenciar
todo tipo de injustiça que nos impõem, não podemos mais aceitar a
autodefesa.
Precisamos nos
revelar. Precisamos nos rebelar. O que queremos, mais, o que exigimos, é
podermos exercer mais do que o nosso direito de autodefesa, mais do que
sermos essa coisa covarde.
Eu quero de volta o
meu direito de contra-atacar. De atirar de volta. De aniquilar o
irracional violento que resolveu correr o risco de cruzar pelo meu
caminho para ameaçar a minha vida, a vida da minha família, para usurpar
da minha propriedade, para perturbar a minha tranquilidade. Eu quero
mostrar para esse insolente, que o risco de praticar um crime não
compensa.
Não dá mais para
deixar essa tarefa para o governo. Nunca deu, na realidade. Governos não
são onipresentes. Sequer são eficientes mesmo quando a situação está
sob seu controle. A sociedade brasileira decente não quer mais se
auto-defender, ela quer contra-atacar, reagir, retaliar. Ninguém
consegue olhar para o espelho e ver um covarde impotente na sua frente
por muito tempo.
Está na hora de
mudar. Não estou pregando que a justiça seja praticada com as próprias
mãos, não estou pregando que não se cumpra o devido processo legal.
Estou apenas dizendo que em situações de emergência, onde a questão
crucial é matar ou morrer, não é justo que uns possam usar todo seu
poder de fogo para atacar e a vítima não possa usar todo seu poder de
fogo para se defender, seguindo o seu próprio critério.
Esse critério pode ser o contra-ataque e como um meio de auto-defesa ninguém pode em nome da justiça impedir que isso aconteça.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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