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Gonzalo Guimaraens – Destaque
Internacional
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“Não se deve excluir a possibilidade de que eu possa
entrar para a História como o Papa que dividiu a Igreja
Católica”.(**) São estas as
palavras gravíssimas que o vaticanista Walter Mayr, correspondente na Itália do
semanário alemão “Der Spiegel” [foto acima], acaba de atribuir
ao Papa Francisco em recente reportagem.
O Pontífice teria dito essas palavras a um grupo de
cardeais que o cumprimentaram por ocasião de seu recente aniversário (17 de
dezembro). Que nos conste, até o momento tal afirmação atribuída ao Pontífice
não foi desmentida pela Santa Sé.
No plano político, “Destaque Internacional” tem
constatado, documentadamente e com muita tristeza, essa “divisão” promovida pelo
Pontífice quase desde o início de seu Pontificado no dia 13 de março de 2013,
através de diversas declarações e gestos pró-esquerdistas (a respeito, podem-se
ler dezenas de artigos no site www.cubdest.org ).
Mas a
reportagem do vaticanista Walter Mayr [foto acima] refere-se a
declarações e atitudes do Papa Francisco no plano religioso, teológico e moral,
um terreno no qual nunca temos entrado porque nossa especialização é
estritamente concernente à área política. E, ademais, porque simplesmente não
temos conhecimentos suficientes para nos aventurar nas delicadas questões
teológicas e morais abordadas pelo Papa Francisco, que estão provocando tal
“divisão”.
A
gravidade da situação de “divisão” no seio da Igreja, provocada pelo Pontífice,
pode ser avaliada pelo teor de uma carta que lhe escreveram os cardeais Raymond
Burke, Carlo Caffarra, Walter Brandmüller e Joaquim Meisner [fotos
acima]. Nessa missiva, tornada pública em face do silêncio de
Francisco, os cardeais lhe apresentaram sérias dúvidas de consciência sobre a
ortodoxia de delicados assuntos teológicos abordados na sua Exortação
Apostólica Amoris Laetitia. A carta desses quatro cardeais pode ser lida no
link: http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1351414?sp=y
O fato concreto é que, independentemente de suas altas
intenções, de seus ditos e atos, o Papa Francisco estaria colaborando com essa
perigosa “divisão”. A agência de pesquisas de opinião “DataFolha” acaba de
revelar que no Brasil, por exemplo, de 2014 a 2016, em pleno pontificado dele,
nove milhões de brasileiros deixaram de ser católicos. É difícil dizer em que
medida essa enorme debandada do rebanho católico brasileiro pode ser atribuída à
“divisão” provocada pelo Papa Francisco nos planos político e teológico. De
qualquer maneira, não se podia fazer abstração de sua responsabilidade enquanto
Pastor de pastores, por esse desastre pastoral no Brasil.
Ademais da “divisão” no rebanho católico, reconhecida
pelo próprio Pastor dos pastores, o cardeal Brandmüller já tinha constatado há
algum tempo “excessos que empurraram inúmeros fiéis ao caos
total”, deixando muitos católicos “caminhando no
escuro”.
A “divisão” e o “caos” no seio da Igreja não parecem ter
começado agora, se consideradas as gravíssimas afirmações de Paulo VI na
alocução de 7 de dezembro de 1968, de que a Igreja estaria imersa em um
misterioso processo de “autodemolição”, e na alocução de 29 de junho de 1972, na
qual ele dizia ter a “sensação” de que “a fumaça de Satanás tinha
entrado por alguma fissura no templo”.
Neste Natal, pedimos à Divina Providência assistência
especial para os fiéis católicos do mundo inteiro, que estão sendo vítimas dessa
“divisão” e desse “caos” no seio da Igreja, e que lhes conceda uma “fé que move
montanhas” e uma confiança inabalável na promessa divina: “Sobre
esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela” (São Mateus 16:18).
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Notas:
(*) Notas de “Destaque
Internacional”. Documento de trabalho, Natal de 2016 (19º aniversário). Este
texto interativo, traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos, pode
ser reproduzido livremente em qualquer mídia impressa ou
eletrônica.
(**) “Nicht ausgeschlossen,
dass ich als derjenige in die Geschichte eingehen werde, der die katholische
Kirche gespalten hat”. http://www.spiegel.de/panorama/gesellschaft/vatikan-kritik-an-papst-franziskus-nimmt-vor-weihnachten-zu-a-1127247.html
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Papa Francisco: “divisão”, caos e autodemolição
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