Naqueles tempos, Jesus ensinava aos
seus seguidores com parábolas - forma simples para melhor se entender. Na parábola
o joio e o trigo, Jesus conta a história de um homem que semeou boas sementes
de trigo em seu campo. Enquanto outro
usou sementes ruins, de joio, em meio
às sementes de trigo no campo daquele homem. Os empregados perceberam que havia
crescido joio em meio ao trigo. Logo os agricultores queriam arrancar as ervas
daninhas para as boas (trigo) crescerem melhores. Todavia, o proprietário os
proibiu já que o joio e o trigo são muito parecidos e, por engano, eles poderiam
arrancar as boas plantas também. A orientação era para as duas crescerem juntas
e na hora da colheita, eles selecionarem a boa erva e arrancarem a ruim.
A analogia do "joio e o trigo"
com os últimos governos no Brasil é simples: FHC plantou a boa semente - implantou
o Plano Real, Lei de Responsabilidade Fiscal, Agências Regulatórias, sanou os bancos
estaduais, controlou a inflação, e o Brasil ficou em destaque no mundo, voltou
a crescer... Lula e Dilma não só colheram todas as boas ervas que existiam,
como plantaram as piores ervas daninhas. Temer apesar de ter feito parte do
pior, mais corrupto, populista e incompetente governo de todos os tempos no
Brasil - por isso é cúmplice -, não teve outra opção a não ser tomar as medidas
amargas que ele e sua competente equipe econômica fizeram para o Brasil parar
de se arrebentar e se restabelecer.
Portanto, Temer sabia que as ervas
ruins plantadas nos governos do PT, eram nocivas, mas jamais tentou impedir ou fazer algo para
cuidar melhor do seu país. Agora, como um "bom agricultor", está
semeando a boa semente, ele replanta um novo campo com sementes semelhantes às plantadas
no governo de FHC.
O governo do presidente Michael
Temer, apesar do pouquíssimo tempo, seis meses, já evidencia as boas mudanças
implantadas no seu governo. A mais significativa foi o controle da inflação que
já assolava o pobre povo brasileiro. Prudente e bom articulador, retomou o diálogo
com o Congresso Nacional e aprovou a nova proposta de Emenda Constitucional
(PEC) do teto dos gastos públicos; estabeleceu novo marco regulatório do
Pré-sal, a nova lei das estatais e organizou as contas públicas.
Em todas as áreas há mudança. Na
educação, reestruturou o ensino médio, garantiu a renovação de mais de um
milhão de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), além de
repasse de mais de cinco bilhões para instituições federais dos ensinos
básicos, técnicos e superiores.
O Risco Brasil caiu, os índices de
confiança em todos os setores cresceram, as empresas estatais estão se
reerguendo, o PIB estabilizou e já dá sinal de crescimento para este ano. Ele
tem intensificado suas viagens ao exterior com equilíbrio, objetividade e
competência; isto tem estabelecido boas relações econômicas com países
desenvolvidos e em desenvolvimento, deixando de lado países com ideologias
comunistas. A equipe econômica tomou diversas medidas para atrair investimentos
e incrementar o setor produtivo, criando um clima de confiança e otimismo. É
possível imaginar o governo do PT, de Dilma, ainda no poder? Como estaria o
Brasil hoje?!
O
atual governo está no caminho certo, mas o Brasil não mudará sem as reformas, especialmente
a política (tributária, fiscal e trabalhista). Está comprovado que o
"presidencialismo" não funciona no nosso país. O sistema
presidencialista tem sua raiz nos Estados Unidos. À medida que as repúblicas
foram se instalando nas américas, o regime norte-americano acabou sendo o exemplo
para todos os países - à exceção do Canadá. Pelo desempenho dessas repúblicas é
fácil perceber que o presidencialismo só funciona bem nos Estado Unidos.
Sempre
existiram no mundo boas e más sementes plantadas por bons e maus homens. Na
política como em todas as áreas, também sempre existiram...
Sérgio Belleza é administrador,
empresário, consultor e autor dos livros, Caminhado com Walkyria e Ascensão e
Queda de um Império Econômico.
srsbelleza@bol.com.br / www.sergiobelleza.com.br
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