Luciano Buligon embarcaria junto com a equipe, mas decidiu ficar em SP para uma reunião
por
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Divulgação Prefeitura de Chapecó
"A Chapecoense passava por um
grande momento. Nós vivíamos um sonho, eu nunca cansei de dizer isso",
disse o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon,
disse hoje (29) que o time da Chapecoense estava em seu melhor momento e
que a cidade “vivia um sonho”.
“A Chapecoense passava por um grande momento. Nós vivíamos um sonho, eu nunca cansei de dizer isso. Uma cidade do interior, três vezes na série A do Campeonato Brasileiro, disputadíssimo”, disse Buligon em entrevista a jornalistas em São Paulo.
Ele afirmou que acredita ter uma missão a cumprir, após o acidente com o avião da equipe da Chapecoense que caiu na madrugada de hoje (29) próximo a Medellín, na Colômbia. “Estou agradecendo a Deus. O que me fez chorar foi a minha filha, que me ligou agora, disse que está feliz. Eu acredito que fiquei para cumprir a missão de resgatar a nossa autoestima”, disse.
O prefeito embarcaria junto com a equipe, mas decidiu ficar na capital paulista para uma reunião na manhã de hoje que trataria de parcerias público-privadas para Chapecó e pediu para que o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, também ficasse.
O acidente com o avião que levava a equipe do Chapecoense e 21 jornalistas matou 75 pessoas.
Segundo o prefeito, os dois embarcariam num voo comercial às 15h50 de hoje e chegariam à 1h (horário de Brasília) em Medellín para assistir a primeira final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, marcada inicialmente para amanhã (30). Depois do acidente, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) adiou a partida. Uma nova data só deverá ser definida a partir do dia 21 de dezembro.
O governo federal liberou duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar autoridades, além de médicos e a equipe do jurídico da Chapecoense para auxiliar os sobreviventes e fazer o translado dos corpos.
A cidade de Chapecó decretou 30 dias de luto e a suspensão das aulas. As festividades de Natal estão canceladas. A equipe médica do time embarcou às 9h40 em Chapecó com destino a Guarulhos. Eles partem para Medellín, às 16h.
“Estamos preocupados com a dor das famílias, todas aquelas pessoas que estavam naquele avião são conhecidos íntimos nossos. Uma cidade de 210 mil habitantes não é tão grande assim, a gente conhece todos eles. É muito dolorido”, disse o prefeito.
Feridos
O prefeito disse que o zagueiro Hélio Zampier Neto sofreu traumatismo craniano e que os médicos pediram tempo apara avaliar a gravidade do estado do atleta. O lateral-esquerdo Alan Ruschel, que também foi resgatado, sofreu lesões que não o deixaram falar no momento do socorro. “Em estado de choque, ele tirou a aliança e pediu para entregar para a mulher”, contou.
“Essas pessoas estão dando um fio de esperança para nós. Vamos cuidar deles. Os médicos da Chapecoense são profissionais gabaritados, com longo histórico de dedicação.”
Avião fretado
Segundo o prefeito de Chapecó, o avião foi fretado para reduzir o desgaste dos jogadores. Ele disse que a aeronave já atendeu às seleções da Bolívia e Argentina. Buligon afirmou ainda que já havia voado com a tripulação, incluindo o piloto, que também era proprietário da empresa venezuelana LaMia, sigla para Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación.
Os voos ocorreram durante os últimos jogos da Copa Sul-Americana. “Foi um voo tranquilo, o piloto acabou virando torcedor da Chapecoense, assistiu o jogo. Era uma pessoa tranquila, bom piloto”, disse Buligon.
Ele explicou que a aeronave deveria ter partido de Guarulhos ontem, o que não ocorreu já que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não autorizou. Existe um regulamento internacional que só permite que empresas aéreas façam fretamento com origem no próprio país. “Não é do nosso cotidiano [fretamento de voos internacionais], a gente só ficou sabendo no domingo à noite. A Chapecoense redimensionou a logística”, explicou.
Dessa forma, a equipe partiu em avião comercial de Guarulhos para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. De lá, partiram em avião fretado com destino a Medellín. O avião deveria ter chegado à 1h da manhã (horário de Brasília) na cidade colombiana. A aeronave caiu a 30 km da cabeceira do aeroporto. “Houve pane elétrica”, disse o prefeito.
“Eu recebi a notícia às 3h30 da manhã. Meu telefone fica no silencioso, eu estava dormindo no hotel. O que me despertou foi o telefone do hotel, imediatamente, eu olhei meu celular e tinha várias ligações da minha cunhada, que mora em Los Angeles. Talvez, pelo fuso horário, ficou sabendo primeiro. Foi um impacto muito grande”, lembrou Buligon.
“A Chapecoense passava por um grande momento. Nós vivíamos um sonho, eu nunca cansei de dizer isso. Uma cidade do interior, três vezes na série A do Campeonato Brasileiro, disputadíssimo”, disse Buligon em entrevista a jornalistas em São Paulo.
Ele afirmou que acredita ter uma missão a cumprir, após o acidente com o avião da equipe da Chapecoense que caiu na madrugada de hoje (29) próximo a Medellín, na Colômbia. “Estou agradecendo a Deus. O que me fez chorar foi a minha filha, que me ligou agora, disse que está feliz. Eu acredito que fiquei para cumprir a missão de resgatar a nossa autoestima”, disse.
O prefeito embarcaria junto com a equipe, mas decidiu ficar na capital paulista para uma reunião na manhã de hoje que trataria de parcerias público-privadas para Chapecó e pediu para que o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, também ficasse.
O acidente com o avião que levava a equipe do Chapecoense e 21 jornalistas matou 75 pessoas.
Segundo o prefeito, os dois embarcariam num voo comercial às 15h50 de hoje e chegariam à 1h (horário de Brasília) em Medellín para assistir a primeira final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, marcada inicialmente para amanhã (30). Depois do acidente, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) adiou a partida. Uma nova data só deverá ser definida a partir do dia 21 de dezembro.
O governo federal liberou duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar autoridades, além de médicos e a equipe do jurídico da Chapecoense para auxiliar os sobreviventes e fazer o translado dos corpos.
A cidade de Chapecó decretou 30 dias de luto e a suspensão das aulas. As festividades de Natal estão canceladas. A equipe médica do time embarcou às 9h40 em Chapecó com destino a Guarulhos. Eles partem para Medellín, às 16h.
“Estamos preocupados com a dor das famílias, todas aquelas pessoas que estavam naquele avião são conhecidos íntimos nossos. Uma cidade de 210 mil habitantes não é tão grande assim, a gente conhece todos eles. É muito dolorido”, disse o prefeito.
Feridos
O prefeito disse que o zagueiro Hélio Zampier Neto sofreu traumatismo craniano e que os médicos pediram tempo apara avaliar a gravidade do estado do atleta. O lateral-esquerdo Alan Ruschel, que também foi resgatado, sofreu lesões que não o deixaram falar no momento do socorro. “Em estado de choque, ele tirou a aliança e pediu para entregar para a mulher”, contou.
“Essas pessoas estão dando um fio de esperança para nós. Vamos cuidar deles. Os médicos da Chapecoense são profissionais gabaritados, com longo histórico de dedicação.”
Avião fretado
Segundo o prefeito de Chapecó, o avião foi fretado para reduzir o desgaste dos jogadores. Ele disse que a aeronave já atendeu às seleções da Bolívia e Argentina. Buligon afirmou ainda que já havia voado com a tripulação, incluindo o piloto, que também era proprietário da empresa venezuelana LaMia, sigla para Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación.
Os voos ocorreram durante os últimos jogos da Copa Sul-Americana. “Foi um voo tranquilo, o piloto acabou virando torcedor da Chapecoense, assistiu o jogo. Era uma pessoa tranquila, bom piloto”, disse Buligon.
Ele explicou que a aeronave deveria ter partido de Guarulhos ontem, o que não ocorreu já que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não autorizou. Existe um regulamento internacional que só permite que empresas aéreas façam fretamento com origem no próprio país. “Não é do nosso cotidiano [fretamento de voos internacionais], a gente só ficou sabendo no domingo à noite. A Chapecoense redimensionou a logística”, explicou.
Dessa forma, a equipe partiu em avião comercial de Guarulhos para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. De lá, partiram em avião fretado com destino a Medellín. O avião deveria ter chegado à 1h da manhã (horário de Brasília) na cidade colombiana. A aeronave caiu a 30 km da cabeceira do aeroporto. “Houve pane elétrica”, disse o prefeito.
“Eu recebi a notícia às 3h30 da manhã. Meu telefone fica no silencioso, eu estava dormindo no hotel. O que me despertou foi o telefone do hotel, imediatamente, eu olhei meu celular e tinha várias ligações da minha cunhada, que mora em Los Angeles. Talvez, pelo fuso horário, ficou sabendo primeiro. Foi um impacto muito grande”, lembrou Buligon.
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