Por Aparecido Silva | Fotos: Aparecido Silva/Bocão News
As fraudes em licitações investigadas pela operação Quali, deflagrada
nesta segunda-feira (28) pelo Ministério Público baiano, ocorriam em
contratos com órgãos estaduais e municipais espalhados em toda a Bahia.
Segundo investigadores do caso, as fraudes afetavam áreas mais
prioritárias do interesse público, como saúde pública, educação, obras.
No entanto, segundo o promotor de Justiça Luciano Taques, nem sempre
havia a necessidade de cooptar agente público para se efetivar a fraude.
Em coletiva de imprensa realizada na sede do MP, em Nazaré, em
Salvador, o promotor Luciano Taques afirmou que, além dos prejuízos aos
cofres públicos, empresas foram prejudicadas com o esquema que atuava na
Bahia há cerca de 20 anos em serviços de impressos gráficos.
"Temos informações de que grandes empresas, que costumavam contratar
com procedimentos muito parecidos na licitação pública, foram
prejudicadas. [...] Quando o cartel encontrava uma terceira empresa
tentando disputar uma licitação, o dirigente da nova interessada era
procurado e ocorria uma tentativa de cooptação. Era feita ali uma
proposta para aquela empresa integrar o cartel", detalhou o promotor.
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