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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Inglaterra inicia caçada por 'marcas das bruxas'


Com a chegada do Halloween na Inglaterra, os cidadãos foram convidados a ajudar a documentar as estranhas "marcas das bruxas" esculpidas em edifícios centenas de anos atrás como proteção contra a feitiçaria
Com a chegada do Halloween na Inglaterra, os cidadãos foram convidados a ajudar a documentar as estranhas "marcas das bruxas" esculpidas em edifícios centenas de anos atrás como proteção contra a feitiçaria
Com a chegada do Halloween na Inglaterra, os cidadãos foram convidados nesta segunda-feira a ajudar a documentar as estranhas "marcas das bruxas" esculpidas em edifícios centenas de anos atrás como proteção contra a feitiçaria.

Encontrados em casas, igrejas, celeiros e cavernas medievais, os chamados símbolos apotropaicos - que têm o poder de afastar o mal - datam principalmente de entre 1550 e 1750.

Eles eram gravados em pedra ou madeira perto de entradas, como portas, janelas e lareiras, para proteger os habitantes de bruxas e espíritos malignos.

O Historic England, o órgão governamental que preserva monumentos significativos, pediu às pessoas para enviarem informações e fotografias das marcas misteriosas.

"As marcas de bruxas são um lembrança física de como nossos antepassados   viam o mundo", disse o presidente-executivo do Historic England, Duncan Wilson.

"Eles realmente acendem a imaginação e podem nos ensinar sobre crenças e rituais antigos", acrescentou.

As marcas de proteção adornam, por exemplo, a Torre de Londres e a casa onde o dramaturgo William Shakespeare nasceu.

O tipo mais comum é a margarida, um símbolo em forma de flor de seis pétalas desenhado com compasso, em uma única linha, que supostamente confundia e aprisionava os espíritos malignos.

Há também estrelas de cinco pontas, ou pentagramas, riscadas em paredes, assim como as letras AM, de "Ave Maria", M de "Maria" ou VV, de "Virgem das virgens", para evocar o poder de proteção da Virgem Maria.

"Marcas rituais foram arranhadas e esculpidas em casas e igrejas dos nossos antepassados, na esperança de tornar o mundo um lugar mais seguro, menos hostil", disse Wilson.

"Elas eram uma parte tão comum da vida cotidiana que eram pouco notáveis, e como é fácil não percebê-las, as evidências documentadas que temos sobre onde elas aparecem e que forma elas têm são escassas", explicou.

"Precisamos agora da ajuda do público para criar um registro mais completo delas e compreendê-las melhor", completou.

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