MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Reflexões sobre a dilapidação dos fundos de pensão e a realidade das urnas


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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Roberto Nascimento
Essa simbiose entre o público e o privado envolvendo donos de empreiteiras, sindicatos e elementos do governo petista teve como resultado também um cipoal de perdas significativas no equilíbrio atuarial em Fundos de Pensão de empresas estatais, a saber: Petros, Previ, Funcef e Postalis. Esses quatro foram os mais utilizados, porém, se houver auditorias independentes e justas, encontraremos jabutis em quase todos os Fundos de Pensão.
O caso demonstra que não há a menor fiscalização dos órgãos de controle do Estado para coibir os negócios que envolvem risco para os aposentados, notadamente da Secretaria de Previdência Complementar, que é a responsável por fiscalizar os Fundos de Pensão. No caso em tela, pouco se fala da intervenção do TCU, órgão do Legislativo na análise dessas contas, que causaram prejuízos cavalares nos Fundos de Estatais.
Por essas razões, derivadas da falta de credibilidade na gestão dos Fundos de empresas do governo, a maioria dos trabalhadores deixa de aderir aos Fundos de Previdência complementar, um verdadeiro fracasso oriundo da orgia com o dinheiro público.
DECEPÇÃO – Os cidadãos contribuem na expectativa de usufruírem no ocaso de suas vidas e depois se decepcionam como os cotistas do Fundo Aeros, que ganham hoje aposentadorias menores do que o salário mínimo, sem falar da falência da Capemi e do Montepio da Família Militar.
Importante ressaltar, que essa prática de desviar recursos dos Fundos de Pensão já vem de longe, o que não mitiga os erros estrondosos do lulopetismo, uma ação de traição à classe trabalhadora, especialmente a classe média e o lumpesinato, como comprova a Cooperativa Bancoop, quando centenas de cooperativados ficaram sem sua casa própria, enquanto a cúpula da cooperativa e dirigentes do PT e da CUT tiveram seu quinhão preservado.
NA ERA COLLOR – Lembro que, no governo colorido, Fundos de Pensão de estatais também foram utilizados como a tábua de salvação de empresas pré-falimentares, que apoiaram o candidato Collor, mas naquele governo depois impichado como o deste ano, pouco se comentou na imprensa sobre o conluio entre o público e o privado. No governo FHC, nem se fala, pois foi aquele silêncio constrangedor, a ponto de doer os ouvidos mais sensíveis acerca da gestão dos Fundos de Pensão. Será mesmo, que naquele longo período de oito anos, os gestores dos Fundos de Pensão indicados pelo governo foram de excelência tal, que nada foi objeto de censura? Ou estavam no limite da irresponsabilidade, sem ultrapassarem essa zona cinzenta?
Para concluir essa prosa, que passou do prazo regulamentar, mas que demanda vários capítulos ainda, afirmo com tristeza que a gestão dos indicados pelos governos petistas nos Fundos de Pensão fizeram mais mal aos trabalhadores do que todos os outros governos comandados pelo espectro conservador do mundo político.
A MESMA PRÁTICA – A pergunta que se faz é: Qual a diferença de um governo chamado de esquerda e os governos da direita, se a prática é quase a mesma, com pequenas variações na forma e no conteúdo? Por essas singelas questões ideológicas cimentadas no inconsciente coletivo, os candidatos do PT nessas próximas eleições municipais amargam os últimos lugares nas pesquisas eleitorais.
As urnas de domingo darão o recado do povo aos 14 anos dos governos do PT. Esse partido terá que se refundar ou então se tornará uma legenda nanica até sua completa extinção, simplesmente porque cavou seu próprio buraco, um erro fatal para aqueles que exercem o poder para si e os seus e não para o povo, a sociedade.

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