MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Na semana final o eleitorado se motiva e parte para as urnas, com esperança


Charge do kayser (blogdokayser.blogspot.com)
Pedro do Coutto
É sempre assim como está no título. O fenômeno se repete de eleição para eleição, não varia. As disputas começam frias, desmotivadas, mas esquentam com o passar dos dias, e na semana final o povo encontra motivação e vai votar. Ainda bem que é assim, pois, caso contrário, derrotada seria a democracia. Vejam os leitores exemplos das cidades do Rio e São Paulo.
Reportagem de Rodolfo Viana, Folha de São Paulo de domingo, aborda a posição dos principais candidatos em relação ao tema cultura e divulga dados contidos na mais recente pesquisa do Datafolha.
João Dória 25, Celso Russomanno 22, Martha Suplicy 20, Fernando Haddad 10, Luiza Erundina 5% das intenções de voto. Não incluindo os que se encontram abaixo de Erundina, as definições somam 82%. A faixa dos que se dispõem a votar em branco ou anular o voto caiu substancialmente. O mesmo aconteceu no Rio, cidade na qual os que não desejam escolher um nome desceu de 20 para 15 pontos, pesquisa do mesmo Datafolha. Nas duas capitais este grupo vai descer mais ainda, estacionando em 10%.
FALTAM DOIS TEMAS – E olha que isso sem incluir os problemas da reforma previdenciária e da CLT, assuntos do interesse direto de pelo menos 120 milhões de pessoas, aproximadamente 90% de todo o eleitorado do país.
Sei que as eleições de domingo são municipais, porém estes dois temas são nacionais. Se incluídos nas legendas dos candidatos e candidatas, sem dúvida aumentariam o entusiasmo pela conquista dos votos. Uma questão de busca pela representatividade. Em todos os sentidos. As campanhas ganhariam mais densidade, as mensagens mais conteúdo, os eleitores mais motivação, os candidatos mais votos.
É claro. Afinal, quem deseja contribuir por mais tempo e com mais idade para se aposentar, seja pelo INSS, seja pelo Estatuto dos Servidores Públicos? Inclusive  indispensável fazer-se uma distinção: o funcionalismo público não tem FGTS. Como assim unificar as condições para aposentadoria? Uma pergunta a ser colocada na campanha para o governo Michel Temer responder.
INDAGAÇÕES – Enfim, há uma série de indagações a serem respondidas e explicadas concretamente. Da mesma forma, a população deve cobrar dos candidatos como pretendem concretizar as promessas com as quais tentam arrebatar votos para si. É preciso que os eleitores pensem no tema, um pouco que seja, para separar a realidade da fantasia. A fantasia é sedutora, mas a realidade se impõe.
Por exemplo, a rede pública de hospitais no Rio encontra-se em situação de calamidade. Como então, da noite para o dia, transformar tal quadro caótico num sistema sofisticado de atendimento em outro com hora marcada para consultas e datas fixadas para cirurgias? Não entra na cabeça de ninguém. Mesma coisa uma modernização veloz na área essencial da segurança pública.
Mas tudo isso não impede a motivação dos eleitores que cresce na chegada às urnas. Porque, no fundo, política é esperança. E sem esperança não se vive. O candidato iludiu? O que pode o eleitor fazer? Não tem culpa. Apenas desprezá-lo. A vida continua. Com esperança.
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