Em sua
coluna na revista Istoé, Rodrigo Constantino afirma que os fascistas
vermelhos buscam algum defunto para servir de bandeira contra os
"golpistas" de Temer:
Os
brasileiros aprendem a repetir desde cedo que fascismo é tudo aquilo que
não é socialismo. Bastou não aplaudir o conceito vago de “justiça
social” para ser transferido ao grupo dos fascistas, sinônimo, em terras
tupiniquins, de neoliberal ou conservador. É o método Paulo Freire de
“educação”. O que esses alunos não aprendem é que o próprio Mussolini
era um socialista na juventude, e que absorveu lá os métodos que usou
depois, assim como a ideia de que tudo deve ser pelo estado, nada fora
dele. Seus “camisas negras” eram jovens totalitários, intolerantes,
cheios de certezas, e dispostos a partir para a violência para impor
suas “verdades”.
Soa
familiar? Deveria. Essa turma era muito parecida com os jovens de
vermelho que ocupam as ruas brasileiras hoje para “protestar” contra o
“golpe” e gritar “Fora Temer”. Não são “garotos espinhentos” inocentes, e
sim niilistas dando vazão ao seu desejo de destruição, cuspindo na
democracia, no estado de direito, tudo em nome da “democracia”. São
massa de manobra dos oportunistas de plantão. A esquerda precisa de uma
narrativa após o fiasco do governo petista, que mergulhou o País numa
crise sem precedentes, sem falar dos infindáveis escândalos de
corrupção. A saída encontrada foi a baboseira do tal “golpe”, ou seja,
bancar a vítima, como sempre. Para tanto, ela precisa de imagens fortes,
de policiais batendo em jovens “manifestantes”.
Uma
menina que perdeu a vista de um olho já foi festejada pelos abutres, não
importando o alto custo que vai pagar pela estupidez juvenil.
Indivíduos são meios sacrificáveis pela “causa”. Mas não foi o
suficiente. A esquerda gostaria até mesmo de um cadáver para expor em
sua “instalação artística”. Os fascistas vermelhos buscam algum defunto
para ilustrar a “repressão” que sofrem do governo “golpista”. Eles
querem sangue.
E claro,
encontram do outro lado muita gente cansada desses abusos, saturadas
inclusive do tratamento dispensado pela imprensa, que insiste em falar
em “manifestantes” em vez de baderneiros ou criminosos. A população
indignada morde a isca, e pede reação mais enérgica da polícia, que tem a
obrigação de manter a ordem e preservar o patrimônio público.
Compreensível, mas arriscado.
Um lado
meu clama por mais balas de borracha, por tolerância zero com esses
intolerantes fascistas. Mas isso é exatamente o que querem. Por isso o
outro lado pede cautela, frieza, compreendendo que é preciso impedir o
avanço da horda vermelha, mas tomando todo cuidado do mundo para não
ceder às provocações e entregar de bandeja o que querem. Há psicopatas
que levam até crianças como escudos!
Manifestações eram aquelas que pediam a saída de Dilma. Isso que temos hoje são atos fascistas em busca de uma narrativa falsa.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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