Por Redação Bocão News | Fotos: Agência PT
A
revelação feita pela Odebrecht sobre dinheiro de caixa dois para o
PMDB, a pedido de Michel Temer, e para o tucano José Serra (PSDB-SP) tem
impacto noticioso, mas foi recebida com alívio por aliados de ambos, de
acordo com a colunista Monica Bêrgamo.
Segundo a publicação, como estão, os
relatos poupam os personagens de serem enquadrados em acusações mais
graves, como corrupção e formação de quadrilha. Contribuição não
contabilizada pode ser enquadrada como crime eleitoral, de punição
branda e chance mínima de resultar em prisão.
Ainda de acordo com a colunista, há uma
pedra no caminho: a força-tarefa da Operação Lava Jato, que não aceita a
versão de contribuições desinteressadas para campanhas eleitorais via
caixa dois. Os procuradores insistem na revelação de contrapartidas, o
que enquadraria a doação dos recursos em propina pura e simples. Por
isso, a delação que envolve Temer e Serra pode ainda sofrer alterações.
A colunista afirma também que o
ex-ministro Antonio Palocci, que, como Serra, sempre foi muito próximo
da Odebrecht, também apareceu até agora no noticiário apenas como
beneficiário de caixa dois eleitoral.
A coluna revela que em conversa com
amigos, Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, que está fazendo a
delação, disse que considerava importante que três pessoas saíssem
poupadas da avalanche política: Lula, Temer e Fernando Henrique Cardoso,
para que o país não "derreta". O relato seria de um interlocutor do
empreiteiro.
Odebrecht não se referia à delação de executivos da empresa apenas, mas sim ao cenário geral do país.
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