ECONOMIA – Nos supermercados, as garrafas de 600 ml têm preço melhor do que duas long necks de 355 ml
Em meio a um cenário de incertezas econômicas, com
inflação acima dos 10% e desemprego na casa dos 11%, até o aparentemente
intocável mercado de cerveja sofreu uma pancada. Para se destacar, a
saída da Backer, tradicional cervejaria mineira, foi se adequar aos
hábitos do brasileiro. E a cerveja de 600 ml, ideal para dividir com
amigos, ganhou espaço.
A empresa decidiu disponibilizar os 15 rótulos já existentes na embalagem tradicional. Como reflexo, a cervejaria, que ia fechar 2016 com produção menor, espera ampliar em 10% o faturamento do grupo no confronto com 2015. Um investimento de cerca de R$ 7,5 milhões em cinco novas casas do grupo e o retorno desse aporte, também são considerados.
De acordo com ela, algumas grandes redes supermercadistas e casas especializadas já fecharam encomendas. “Estamos negociando outros contratos. Mas a adesão ao nosso produto tem sido muito forte, embora a situação econômica não seja”, observa.
Mais por menos
A empresária e especialista em cervejas explica que a ideia de vender a bebida em embalagens maiores surgiu da ideia de oferecer maior quantidade por preços mais acessíveis. “Uma embalagem de 600 ml dá mais de duas long necks. O consumidor acaba levando a maior”, destaca.
Ela admite, no entanto, que se não tivesse mudado a estratégia, provavelmente haveria queda na produção em 2016. Por mês, a cervejaria produz 245 mil litros. As embalagens, portanto, irão ajudar a manter o faturamento.
Outras frentes
A alta de 10% prevista para o faturamento no ano é reflexo do investimento em novas casas por parte do grupo Backer. No aeroporto de Confins, por exemplo, existem três projetos em curso. No mês passado, foi inaugurado um restaurante de comida mineira, o Vila Francisca. No final de agosto, será aberto um novo Pub Backer. Há, ainda, a previsão de inauguração de uma unidade da pizzaria L’orizzonte dentro do terminal.
Já no aeroporto do Rio de Janeiro, uma unidade da L’orizzonte será lançada nesta semana, pensando no público da Olimpíada e, em Porto Alegre, foi aberta uma casa em junho. Cada casa, conforme Paula, recebe o investimento de R$ 1,5 milhão.
Em Belo Horizonte, a marca mantém o Pátio Cervejeiro. No local, além da fábrica, há bar e restaurante, com direito a uma loja de souvenirs. Por semana, cerca de 5 mil pessoas visitam o local, que gera 140 empregos.
Embora o mercado de bebidas tenha sofrido um baque, o segmento de cervejas artesanais está em franca expansão. Em 2015, por exemplo, o faturamento do setor em Minas cresceu 21%. Para este ano, a previsão de alta é de 15%, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Cristiano Lamego. “As pessoas estão conhecendo melhor as cervejas artesanais”, diz. E levar as cervejas ao público por meio de eventos é uma das saídas encontradas pelos produtores.
Eventos impulsionam mercado de cervejas artesanais
No próximo fim de semana, 200 rótulos participarão do Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC), realizado no Parque das Mangabeiras. O evento, que acontece pelo segundo ano consecutivo, reúne shows e estilos diferentes da bebida em um só lugar.
Este ano, o FICC homenageia o Reino Unido. “A ideia, desde a primeira edição, é chamar atenção para o que vem se transformando Minas Gerais: um verdadeiro pólo cervejeiro”, comenta Diogo Kfoury, idealizador do Festival.
A diretora de Marketing da Backer concorda. “Os eventos são uma excelente forma de apresentar as cervejas tanto para quem já as conhece as quanto para quem está começando nesse universo”, afirma.
Na própria Backer, um encontro pretende reunir os amantes da India Pale Ale (IPA) no próximo dia 20 de agosto. Dez tipos de cerveja IPA, inclusive de outras cervejarias, estarão presentes no BBQ IPA Backer.
A empresa decidiu disponibilizar os 15 rótulos já existentes na embalagem tradicional. Como reflexo, a cervejaria, que ia fechar 2016 com produção menor, espera ampliar em 10% o faturamento do grupo no confronto com 2015. Um investimento de cerca de R$ 7,5 milhões em cinco novas casas do grupo e o retorno desse aporte, também são considerados.
“Além de investir nas casas e de mudar a embalagem, vamos lançar novos rótulos no mercado ainda neste ano”A Backer já vendia alguns rótulos em 600 ml, como a Capitão Senra. Outros, só eram encontrados em long necks de 355 ml. Agora, todos os estilos de cerveja estão disponíveis nas populares garrafas nas gôndolas dos supermercados, segundo Paula Lebbos, diretora de Marketing da empresa.
Paula Lebbos
Diretora da Backer
De acordo com ela, algumas grandes redes supermercadistas e casas especializadas já fecharam encomendas. “Estamos negociando outros contratos. Mas a adesão ao nosso produto tem sido muito forte, embora a situação econômica não seja”, observa.
Mais por menos
A empresária e especialista em cervejas explica que a ideia de vender a bebida em embalagens maiores surgiu da ideia de oferecer maior quantidade por preços mais acessíveis. “Uma embalagem de 600 ml dá mais de duas long necks. O consumidor acaba levando a maior”, destaca.
Ela admite, no entanto, que se não tivesse mudado a estratégia, provavelmente haveria queda na produção em 2016. Por mês, a cervejaria produz 245 mil litros. As embalagens, portanto, irão ajudar a manter o faturamento.
Outras frentes
A alta de 10% prevista para o faturamento no ano é reflexo do investimento em novas casas por parte do grupo Backer. No aeroporto de Confins, por exemplo, existem três projetos em curso. No mês passado, foi inaugurado um restaurante de comida mineira, o Vila Francisca. No final de agosto, será aberto um novo Pub Backer. Há, ainda, a previsão de inauguração de uma unidade da pizzaria L’orizzonte dentro do terminal.
Já no aeroporto do Rio de Janeiro, uma unidade da L’orizzonte será lançada nesta semana, pensando no público da Olimpíada e, em Porto Alegre, foi aberta uma casa em junho. Cada casa, conforme Paula, recebe o investimento de R$ 1,5 milhão.
PAULA E HALIM LEBBOS – Diretores da Backer apostam na integração do
cliente com a produção da bebida no Pátio Cervejeiro, no Olhos D'água
Em Belo Horizonte, a marca mantém o Pátio Cervejeiro. No local, além da fábrica, há bar e restaurante, com direito a uma loja de souvenirs. Por semana, cerca de 5 mil pessoas visitam o local, que gera 140 empregos.
Embora o mercado de bebidas tenha sofrido um baque, o segmento de cervejas artesanais está em franca expansão. Em 2015, por exemplo, o faturamento do setor em Minas cresceu 21%. Para este ano, a previsão de alta é de 15%, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Cristiano Lamego. “As pessoas estão conhecendo melhor as cervejas artesanais”, diz. E levar as cervejas ao público por meio de eventos é uma das saídas encontradas pelos produtores.
Eventos impulsionam mercado de cervejas artesanais
No próximo fim de semana, 200 rótulos participarão do Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC), realizado no Parque das Mangabeiras. O evento, que acontece pelo segundo ano consecutivo, reúne shows e estilos diferentes da bebida em um só lugar.
Este ano, o FICC homenageia o Reino Unido. “A ideia, desde a primeira edição, é chamar atenção para o que vem se transformando Minas Gerais: um verdadeiro pólo cervejeiro”, comenta Diogo Kfoury, idealizador do Festival.
A diretora de Marketing da Backer concorda. “Os eventos são uma excelente forma de apresentar as cervejas tanto para quem já as conhece as quanto para quem está começando nesse universo”, afirma.
Na própria Backer, um encontro pretende reunir os amantes da India Pale Ale (IPA) no próximo dia 20 de agosto. Dez tipos de cerveja IPA, inclusive de outras cervejarias, estarão presentes no BBQ IPA Backer.
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