No AP, universitária expõe móveis produzidos com 848 garrafas PET

Estudante Caroline Ribeiro realiza trabalho sustentável desde 2012.
Uma exposição mostra parte dos produtos em shopping até o dia 13.

Do G1 AP

Exposição mostra parte dos móveis produzidos com garrafas PET (Foto: Carol Ribeiro/Arquivo Pessoal)

Mais de 800 garrafas PET se transformaram em móveis sustentáveis nas mãos da universitária de fisioterapia Caroline Ribeiro, de 24 anos. São puffs, cadeiras, sofás e até divãs feitos a partir do material reciclável. Até sábado (13), uma exposição no Macapá Shopping mostra parte da produção.
Com o objetivo de promover a preservação do meio ambiente, a ideia surgiu em 2012 por meio de um projeto acadêmico, quando a jovem cursava ciências naturais na Universidade Estadual do Amapá (Ueap). O projeto sustentável deu certo e atualmente a estudante ministra palestras e promove oficinas de artesanato.

A matéria prima vem de todos os lugares. As doações chegam por meio de amigas, donos de estabelecimentos comerciais e vizinhos. Em cada peça, Caroline pode usar até 200 garrafas que são separadas, lavadas e reaproveitadas. Em quatro anos, a jovem já utilizou mais de cinco mil garrafas PET.

Puff pequeno pode custar até R$ 50
(Foto: Carol Ribeiro/Arquivo Pessoal)

Segundo a universitária, a ideia é reutilizar garrafas PET para criar móveis para o dia a dia e tornar as produções uma fonte de renda alternativa e sustentável.
Entre os materiais utilizados para a montagem dos móveis estão garrafas PET, papelão, tesoura, cola e retalhos de panos. "São materiais que encontramos no dia a dia e que, em geral, o destino é o lixo", contou.
Um puff de tamanho pequeno é produzido em até dois dias, segundo Caroline, e pode custar cerca de R$ 50. O produto mais caro confeccionado pela artesã foi um divã encomendado por uma psicóloga amapaense no valor de R$ 800.
Em 2016, o projeto batizado "Sustentabilidade Criativa com PET" ganhou a parceria da estudante de fisioterapia Juliana Sousa, de 23 anos. Ambas produzem e divulgam o trabalho de reciclagem numa página no Facebook.
“Aproveitamos para dar dicas na internet de preservação do meio ambiente e incentivar a reciclagem”, reforçou Juliana, também formada em ciências naturais pela Ueap.
O projeto vem rendendo frutos e é tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da especialização em educação ambiental e sustentabilidade que Caroline está estudando.

Divã foi o material mais caro vendido pela estudante (Foto: Carol Ribeiro/Arquivo Pessoal)