A mais alta e distinta designação geral de um
oficial superior do Exército brasileiro é a de general, palavra que significa,
em sua origem, chefe, mais que, com o tempo, passou a denominar o comandante
geral de um exército. Essa patente surgiu nos exércitos da Europa no século XVI,
com o nome de “capitão-general”, posteriormente contraída, na maioria dos
exércitos, simplesmente para “general”.
No caso brasileiro representa o mais alto posto
do seu exército, uma das três forças armadas que o país possui, responsável, no
plano externo, pela defesa da nação em operações eminentemente terrestre, e, no
plano interno, pela garantia da lei, da ordem e dos poderes constitucionais.
A história do nosso Exército começa,
oficialmente, com a independência do Brasil. Seu maior vulto (amado, venerado e
lembrado por todos os militares da corporação) é Luiz Alves de Lima e Silva, o
Duque de Caxias, a quem coube a honra de receber, das mãos do Imperador Pedro I,
na Capela Imperial, a bandeira do Império recém-criado.
Depois de muitas lutas e inúmeras glórias, nosso
exército chega aos dias de hoje como a mais respeitável instituição do país,
conforme pesquisas recentemente publicadas. Dirigido pelo Alto Comando do
Exército (ACE), esse colegiado é formado pelo Comandante do Exército e pelos
generais-de-exército (generais de quatro estrelas) que se encontram na
ativa.
Um desses generais é o nosso querido ARTUR COSTA
MOURA, jequieense de quatro costado, integrante da família Moura, cuja origem
toponímica é o condado de Jequié, ponto geográfico onde nosso general nasceu. De
lá ele veio para Salvador, cursar o Colégio Militar, de onde saiu para se
incorporar, depois de alguns percursos por outras atividades, às fileiras do
nosso exército, em 17 de fevereiro de 1975.
Sua universidade primeira foi a Academia Militar
das Agulhas Negras (AMAN), localizada no Rio de Janeiro, cuja principal missão é
formar a elite do Exército Brasileiro, símbolo de nossa nacionalidade. É nessa
academia que se forjam o que de melhor tem o país na área militar, a exemplo do
general Artur Costa Moura.
Em 14 de dezembro de 1978, esse jequieense,
impregnado de bravura e patriotismo, foi declarado aspirante da Arma de
Infantaria, vindo a servir em Salvador, no histórico 19º Batalhão de Caçadores,
tradicional unidade de Infantaria do Exército Brasileiro.
Durante sua carreira militar realizou diversos
cursos de aprimoramento e aperfeiçoamento, tanto na área militar como na civil,
sendo que, nesta, fez cursos de pós-graduação em Assessoria Parlamentar
(Processo Legislativo e Relações Executivo-Legislativo) e de Ciência Política
pela Universidade de Brasília.
Dessa extraordinária figura humana pode-se dizer
que foi quase tudo na estrutura militar. Fez o curso de Comando e Estado-Maior
(equivalente ao doutoramento) e atingiu a maior patente dessa força armada que é
a de general-de-exército, simbolizado pelas suas quatro estrelas.
Esse extraordinário militar, mesmo na
simplicidade de seus gestos, tem fascínio pela autoridade, disciplina e uma
necessidade imensa de cumprir as missões que a pátria lhe confia. Aprumado e
comedido, demonstra contenção e determinação, sem jamais esquecer o sentimento
da camaradagem.
Conheci esse nobre general na centenária
Irmandade do Senhor do Bomfim, da qual somos devotos. Honrou-me com a sua
presença por ocasião de minha nomeação como desembargador do Tribunal de Justiça
do Estado da Bahia. De lá para cá acompanho sua vida com admiração e respeito. O
general Artur Costa Moura atingirá, no dia 17 de agosto do corrente ano, o ápice
de suas realizações. E isso começa agora, com suas quatro estrelas, ganhas pelos
seus conhecimentos, caráter, nobreza e realizações.
O general Artur Costa Moura, oficialmente, deixou
a Bahia hoje, ao passar o comando da 6ª Região Militar, ao General de Divisão
Joarez Alves Pereira Júnior. A partir desta data nosso General vai comandar
CMNE-Comando Militar do Nordeste, sediado em Recife. Deixa imensas lembranças e
muitas saudades, mas nós, que estaremos presentes por ocasião de sua assunção
nesse importante comando, aproveitamos a ocasião para dizer-lhe, com o prazer
que uma grande amizade distingue, até breve, meu amigo General.
*Baltazar Miranda Saraiva é desembargador do
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA).
--
*LEMBRETE:
É livre a manifestação do pensamento
e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
sendo vedado o anonimato. (CF 88).
Baltazar Miranda Saraiva .'.
Desembargador - TJBA
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