As especialidades mais procuradas são oftalmologia, cardiologia, urologia, cirurgia geral e ginecologia
por
Rayllanna Lima
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reginaldo Ipê
Abarcados pela crise econômica
brasileira, uma parcela da população baiana abandonou seus planos de
saúde e decidiu recorrer ao atendimento público. Nestes primeiros meses
de 2016, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador identificou aumento
de 20% na procura por exames e consultas em relação ao mesmo período do
ano passado. As especialidades mais procuradas são oftalmologia,
cardiologia, urologia, cirurgia geral e ginecologia.
A migração de pacientes da rede privada para a rede pública de saúde também vem sendo identificada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed). “O sintoma natural da coisa é a crise econômica. Muitas pessoas ficaram desempregadas e perderam o plano de saúde. Essas pessoas não tiveram condições de arcar com a despesa, então estão procurando o serviço público”, explicou o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães.
De acordo com ele, as que mais estão buscando atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS) são as pessoas em idade avançada. “Para estes, o plano tem custo muito alto. Você chega a uma UPA [Unidade de Pronto Atendimento], na dos Barris, por exemplo, e vê pessoas com carro de luxo trazendo pacientes idosos. É uma clientela que não tem o hábito de frequentar esses postos. E vejo isso até de forma positiva, porque essas pessoas vão se juntar ao exército de pessoas que já usam o serviço para reivindicar que haja melhorias no atendimento”, avaliou.
A comerciante Glauciane Ferreira, 46, foi uma das baianas que saiu da rede privada para procurar atendimento na rede pública. “O plano de saúde foi a última despesa que cortei, por não querer chegar a todo fim de mês endividada. Quando meu filho precisou de atendimento na emergência, foi até rápido. Mas marquei recentemente uma consulta com ginecologista e achei o agendamento para uma data muito longa”, contou.
Rede municipal
Para atender a demanda, a SMS garante ter ampliado em 24% a oferta de vagas para realização de exames e consultas especializadas. Atualmente, os procedimentos ambulatoriais com maior tempo de espera (média de 120 dias) são para médicos neurologista, mastologista, angiologista, além de ultrassonografia doppler colorido de vasos e ecocardiografia transtorácica. Exames como mamografia e ultrassonografia transvaginal, e consultas com oftalmologistas e ginecologistas são marcadas de forma imediata.
“No primeiro quadrimestre deste ano, a SMS ofertou mais de 7,04 milhões de vagas para realização de consultas e exames especializados, sendo que 4,28 milhões das vagas foram preenchidas. No mesmo período de 2015, cerca de 5,65 milhões de vagas foram ofertadas com aproximadamente 3,59 milhões agendamentos”, detalhou a secretaria.
A migração de pacientes da rede privada para a rede pública de saúde também vem sendo identificada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed). “O sintoma natural da coisa é a crise econômica. Muitas pessoas ficaram desempregadas e perderam o plano de saúde. Essas pessoas não tiveram condições de arcar com a despesa, então estão procurando o serviço público”, explicou o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães.
De acordo com ele, as que mais estão buscando atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS) são as pessoas em idade avançada. “Para estes, o plano tem custo muito alto. Você chega a uma UPA [Unidade de Pronto Atendimento], na dos Barris, por exemplo, e vê pessoas com carro de luxo trazendo pacientes idosos. É uma clientela que não tem o hábito de frequentar esses postos. E vejo isso até de forma positiva, porque essas pessoas vão se juntar ao exército de pessoas que já usam o serviço para reivindicar que haja melhorias no atendimento”, avaliou.
A comerciante Glauciane Ferreira, 46, foi uma das baianas que saiu da rede privada para procurar atendimento na rede pública. “O plano de saúde foi a última despesa que cortei, por não querer chegar a todo fim de mês endividada. Quando meu filho precisou de atendimento na emergência, foi até rápido. Mas marquei recentemente uma consulta com ginecologista e achei o agendamento para uma data muito longa”, contou.
Rede municipal
Para atender a demanda, a SMS garante ter ampliado em 24% a oferta de vagas para realização de exames e consultas especializadas. Atualmente, os procedimentos ambulatoriais com maior tempo de espera (média de 120 dias) são para médicos neurologista, mastologista, angiologista, além de ultrassonografia doppler colorido de vasos e ecocardiografia transtorácica. Exames como mamografia e ultrassonografia transvaginal, e consultas com oftalmologistas e ginecologistas são marcadas de forma imediata.
“No primeiro quadrimestre deste ano, a SMS ofertou mais de 7,04 milhões de vagas para realização de consultas e exames especializados, sendo que 4,28 milhões das vagas foram preenchidas. No mesmo período de 2015, cerca de 5,65 milhões de vagas foram ofertadas com aproximadamente 3,59 milhões agendamentos”, detalhou a secretaria.
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