MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Representantes da Bahia apresentam voto sobre cassação de Cunha


Para o socialista, o parecer é substancioso e deixa claro que Cunha é o beneficiário direto das contas milionárias no exterior para fins ilícitos

por
Aparecido Silva
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou ontem a votação do parecer do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO), que opina pela cassação do mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No entanto, a sessão foi encerrada após o relator pedir tempo ao presidente do colegiado, o deputado baiano José Carlos Araújo (PR), para ler o voto em separado apresentado pelo também baiano João Carlos Bacelar (PR).
Enquanto Bacelar tenta uma pena mais branda para o presidente afastado da Câmara, o colega baiano e suplente no conselho, Bebeto Galvão (PSB), externou o posicionamento do seu partido pela cassação do mandato de Cunha. Durante seu pronunciamento, Galvão defendeu o relatório do deputado Marcos Rogério que recomenda a cassação do peemedebista.
Para o socialista, o parecer é substancioso e deixa claro que Cunha é o beneficiário direto das contas milionárias no exterior para fins ilícitos. “Nós do PSB vamos acompanhar o voto do relator pela cassação do deputado Eduardo Cunha. Essa Casa não pode se apequenar, não pode temer, e terá sua autonomia resgatada pela posição deste conselho dando voto pela cassação do mandato”, disse o deputado. Membro titular do colegiado de ética da Câmara, o deputado federal baiano Paulo Azi também defendeu a cassação do mandato de Eduardo Cunha. “Aqui, não estamos julgando um deputado qualquer, se é verdade que essa Casa é a Casa dos iguais, é verdade que na Casa dos iguais existem os diferentes.
Aqui, temos alguém que é presidente desse poder, contou com o meu voto na sua eleição e prestou serviços relevantes ao nosso país. Durante seu primeiro ano de gestão, fez com que a Casa trabalhasse como nunca antes nesse Parlamento. Teve a coragem de abrir um processo que ao final fez com que o povo se visse livre de um governo que trazia males a este país. Mas isso não é motivo para sua absolvição”, disse Paulo Azi, justificando seu voto pela cassação de Cunha.

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