MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Preço do feijão sobe 28% em quatro meses


O início do mês chegou, e o fluxo de pessoas no supermercados voltou a aumentar, principalmente para quem quer fazer logo toda a compra básica para os próximos trinta dias

por
Matheus Fortes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reginaldo Ipê
O início do mês chegou, e o fluxo de pessoas no supermercados voltou a aumentar, principalmente para quem quer fazer logo toda a compra básica para os próximos trinta dias. Mas, quem procura por um item tão básico para a refeição do brasileiro, como o feijão, pode tomar um susto, afinal, de janeiro até abril, o produto que integra a cesta básica sofreu uma alta de 28,19% em Salvador, segundo dados mais recentes divulgados pelo Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos (DIEESE).
Quem vai ao supermercado convencional para comprar o pacote com um quilo de feijão carioca – o mais comum na refeição do baiano –, chega a pagar R$ 7,64. Caso a pessoa opte pelo feijão preto, deverá desembolsar um pouco mais: R$ 8,99. Esses valores podem ficar ainda mais altos, nos chamados “supermercados gourmet”, onde um mesmo pacote do feijão carioca sai por R$ 8,90, enquanto que o feijão preto custo expressivos R$ 9,90.
Para aqueles que querem fugir do aumento, o ideal é trocar os locais do comércio, buscando as feiras livres que funcionam pela cidade. Nelas, o feijão dificilmente será encontrada no pacote industrializado, mas, se o objetivo é poupar o bolso, nenhum  outro local  consegue ter a melhor oferta. Na Feira das Sete Portas, por exemplo, o mesmo quilo do feijão carioca que não saia da faixa dos R$ 8, pode ser adquirido por R$ 6,50, enquanto que o feijão preto pode ser consumido por razoáveis R$ 5,50.
Entre os meses de abril de 2015 e 2016, a alta chegou a ser de 17,96%. Segundo a técnica do DIEESE, Ana Georgina Dias, os constantes aumentos do feijão são atribuídos principalmente ao fator climático. “Devido aos longos períodos de seca que se arrastaram nos últimos três anos, a produtividade das safras de feijão caiu bastante. Além disso, por perceberem essa colheita pouco atrativa, muitos produtores migraram para outro tipo de cultura”.
De acordo com Ana Georgina, esse fator climático não está localizado, e acabou elevando o preço deste componente da cesta básica em mais 21 capitais brasileiras. “Entre essas capitais que se salvaram, a exemplo de Vitória e Florianópolis, o elemento climático também foi importante, visto que essas regiões tiveram excesso de chuva”, observou.
A próxima safra do feijão está prevista para o mês de setembro, porém, conforme explicou a técnica do DIEESE, será preciso aguardar até lá para saber se haverá possibilidades de uma redução, ou até mesmo um novo aumento do quase sempre presente componente dos almoços brasileiros.

SUBSTITUIÇÃO
Alimento muito comum entre os brasileiros, o feijão é um leguminoso quase insubstituível para o brasileiro. Contudo, seu mais recente aumento de preço tem feito alguns consumidores pensarem duas vezes antes de colocar aquele pacote no carrinho. Importante fonte de fibras, vitaminas e carboidratos, ele não é absolutamente imprescindível, desde que seja substituído por outros alimentos da família dos leguminosos.
De acordo com a nutricionista Amália Magalhães, ingredientes como o grão de bico, a lentilha, a ervilha e a soja são apenas algumas das opções para quem deseja variar o cardápio, sem perder nutrientes como proteínas, ferro, magnésio, potássio, cálcio e as vitaminas. “Por fazerem parte da mesma família de leguminosos, esses alimentos ricos nos mesmos nutrientes, esses alimentos terão o mesmo efeito no corpo que o feijão”, explicou a nutricionista

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